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Ginástica rítmica garante show de técnica e beleza
Henrique Munhos
Especial para o Diário
11/06/2011 | 07:15
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Orlando Filho/DGABC


Beleza e plasticidade marcaram a competição de ginástica rítmica dos Jogos Escolares de São Caetano, que ocorreram ontem no CP Armando Lima e Silva Corujeiras.

O torneio contou com a participação de 190 meninas de 15 escolas diferentes. Os colégios particulares, com nove participações, dominaram a disputa, que contou também com cinco escolas municipais e uma estadual. "Não temos como competir com as particulares, que dão bolsa de estudo e trazem 15 garotas (limite de inscrição) por categoria," afirmou Marcia Kosic, 43 anos, professora do colégio municipal Angêlo Raphael Pellegrino, que contou com apenas uma menina na modalidade.

Além da vantagem na qualidade dos atletas, as escolas particulares contam com treinamentos semanais e técnicos específicos da modalidade.

As competições contaram com boa presença do público, formado em sua maioria pelos familiares das jovens atletas.

Amanda Brazolini da Freiria, 11, pratica ginástica rítmica desde os 4 anos. Em todas as oportunidades, a mãe, Claudia Berzolini, 40, está nas arquibancadas para apoiar. "Quem sabe um dia ela não vire uma atleta profissional", diz Claudia.

A modalidade auxilia muito o desenvolvimento dos menores, segundo a professora do Colégio Ateneu, Fabiana Fraile, 25. "Além de auxiliar nos movimentos, ajuda muito a disciplinar a criança", finalizou.

 

Fênix é soberano na ginástica e Alcina domina as damas

O Colégio Fênix foi o maior vencedor das competições de ginástica rítmica, com dois títulos por equipe.

As categorias vencidas pela escola localizada no bairro Santa Paula foram o mini e o mirim. Externato Santo Antônio, Eduardo Gomes e Alcina Dantas Feijão ficaram com um título cada um, no pré-mirim, infantil e juvenil, respectivamente.

O Alcina Dantas Feijão foi impecável na disputa de damas. O colégio, que fica no bairro Mauá, venceu as três competições realizadas no CER Pedro Furlan, que forma o infantil masculino, infantil feminino e juvenil masculino.

No xadrez, a disputa foi mais equilibrada. O Externato Santo Antônio foi campeão na categoria mini, tanto no masculino quanto no feminino. Já no pré-mirim, o Oswaldo Samuel Massei venceu entre as meninas e o Eduardo Gomes conquistou o título com os meninos.

Os Jogos Escolares de São Caetano chegaram à metade da primeira fase de disputa ontem. Na próxima semana, as únicas novidades entre as modalidades serão o tênis de mesa e a ginástica artística. Além disso, haverá mais competições de damas e xadrez. A segunda fase dos jogos será em setembro.

 

Silêncio é a marca nos jogos de tabuleiro

Na disputa da medalha de ouro, competidores do xadrez e de damas também lutam contra o preconceito de alguns, que classificam a modalidade como ‘jogo de nerd'. Porém, essa última briga está sendo vencida com o tempo. Estudantes e professores dizem que a intolerância com os jogadores de tabuleiro não existe mais.

Juntas, as duas modalidades levaram mais de 120 jovens ao CER Pedro Furlan, que fica no bairro Cerâmica.

"Jogo dama e xadrez direto, desde criança. Porém gosto também de esportes de quadra, como futsal e basquete. Ninguém fala mal de quem participa de jogos de tabuleiro," afirma Guilherme dos Santos Gondarez, 14, da escola Vicente Bastos.

Entretanto, os jogadores de dama e, principalmente, de xadrez ainda são os mais inteligentes da escola, como conta o professor de Educação Física do colégio Leandro Klein, Erik Hirota Zacchia. "Geralmente, com algumas exceções, estes jovens não levam muito jeito para esportes físicos", conta.

Os professores, ao contrário de outras modalidades, participam pouco das ações de seus alunos durante a disputa. "A gente fica somente na torcida. Ainda temos de torcer quietos, senão somos advertidos", brinca Zacchia.

A Olyntho Voltarelli não pôde contar com a professora de Educação Física, que estava nas competições de ginástica rítmica, no momento dos jogos de damas. Com isso, quem acompanhou as crianças foi a professora de Matemática Sueli Cassaro, 53. Curiosamente, a matéria ministrada por ela é auxiliada por esses jogos de tabuleiro. "Tanto a dama quanto o xadrez envolvem raciocínio rápido, estratégia e concentração. É um esporte mental. Indicamos inclusive para os alunos que têm dificuldade dentro da sala de aula," declarou.




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