Política Titulo Diadema
Câmara aprova relatório da CPI que culpa Lauro

Vereadores aceitam conclusão que aponta infração do prefeito de Diadema em prédio da Tecnisa

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
18/09/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A Câmara de Diadema aprovou ontem relatório da CPI da Tecnisa que culpa o prefeito Lauro Michels (PV) e a empreiteira pelo não cumprimento de legislação municipal que determinava a construção de rua para escoamento entre as avenidas Fábio Eduardo Ramos Esquível e Ulysses Guimarães, no bairro Piraporinha.

Documento paralelo, elaborado pelo oposicionista Josa Queiroz (PT), recebeu 11 votos favoráveis contra nove e será encaminhado ao Ministério Público e Polícia Civil, solicitando investigação na obra. A Prefeitura também receberá laudo conclusivo.

O relatório recebeu o crivo da bancada do PT – composta por seis vereadores –, Célio Boi (PSB), Vaguinho do Conselho (sem partido), Cida Ferreira (PMDB) e dos parlamentares do PRB, Ricardo Yoshio e Pastor João Gomes, cuja adesão era incerta, uma vez que se absteve em outras votações.

“O importante é ressaltar que não existem vencedores ou perdedores nesta votação. Existe aqui um trabalho sério, que pede apuração e punição aos responsáveis por infração à lei”, pontuou Josa.

Novamente superada, a bancada governista buscou não repercutir o revés. O líder de governo, Atevaldo Leitão (PSDB), apenas destacou “que a administração já procurou o MP para dialogar sobre trâmites da apuração”. Salientou ainda que espera apoio do governo em realinhar o arco de aliados. “Estamos em minoria e, por isso, não há o que fazer. O PRB, PSB e PMDB deixaram de nos apoiar”, adicionou.

A CPI da Tecnisa foi instaurada em 17 de abril, na Câmara, em pedido solicitado por Josa. A aprovação foi consentida após dez assinaturas. A comissão investigativa foi aprovada uma semana depois de reportagem publicada pelo Diário revelar que a Prefeitura e a Tecnisa desrespeitaram a LOM (Lei Orgânica do Município) ao não cumprirem acordo de contrapartida que previa construção de rua entre as avenidas Fábio Eduardo Ramos Esquível e Ulysses Guimarães para amenizar impacto viário.

Ao longo de quase seis meses, os parlamentares realizaram oitivas com integrantes do atual governo, da gestão de Mário Reali (PT) e da empreiteira. Solicitaram também documentos da construtora e da Prefeitura.

Diante dos trabalhos, o delegado supervisor do setor de investigações gerais da Delegacia Seccional de Diadema, Murilo Fonseca Roque, abriu inquérito civil para apurar o caso, chegando a convocar para depoimentos vereadores, técnicos da empresa e do Executivo. 




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