Política Titulo Corte
Por corte, Grana indica redução do número de secretarias em 2016

Governo de Sto.André unificará, por exemplo,
as Pastas de Direitos Humanos e do Trabalho

Fabio Martins
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
18/09/2015 | 07:00
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Ari Paleta/DGABC


Em plano de contenção de gastos, o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), sustentou que vai cortar o número de secretarias da administração a partir de 2016. Mencionando extinguir três Pastas, o petista indicou, por exemplo, unificação de Direitos Humanos, chefiada pelo ex-chefe do Executivo João Avamileno (PT), e de Trabalho, hoje comandada por Cícero Martinha (PDT). “O Avamileno se manterá no governo e o Martinha vai para o Sindicato (dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá)”, afirmou, referindo-se a retorno do pedetista ao posto de presidente da entidade. Ao todo, são 19 áreas no primeiro escalão, além de outras cinco autarquias e empresas públicas. O estudo com as mudanças constará no Orçamento do ano que vem.

Grana comentou que a determinação é criação de pacote de enxugamento das despesas públicas. Segundo o prefeito, essa medida é necessária devido à queda de arrecadação do município – a estimativa de receita a cada exercício fiscal não tem se confirmado, o que tem provocado deficit financeiro. “É preciso enxugar a máquina diante da situação (nas finanças). Poderemos economizar com os salários de secretários, adjuntos e diretores. Evidentemente que haverá implicação política, mas o momento atual é de diminuir os custos”, avaliou.

Com o procedimento de aperto nos cintos, a projeção, segundo Grana, é poupar aproximadamente R$ 150 milhões no ano. “Além da redução de secretarias, vamos adotar medidas (de austeridade) que diminuirão 10% (das despesas) do Orçamento”, pontuou o petista, acrescentando que a equipe econômica tem executado ajustes de custeio desde o começo do exercício, como corte de celulares e exclusão de funcionários comissionados da Prefeitura dentro da proposta de reajuste salarial do próximo ano – os cerca de 600 servidores em cargos de confiança não entraram na lista de acréscimo nos vencimentos.

O chefe do Executivo sinalizou que o plano tende a ficar pronto no fim deste mês, quando na sequência o Paço vai apresentar a peça orçamentária na Câmara – projeto é, normalmente, protocolado em outubro. Grana frisou que, apesar do momento de dificuldade nas finanças, o governo petista, durante todo o mandato, não elevou o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISS (Imposto Sobre Serviços) na cidade, mencionando sobre promessa da campanha eleitoral. “A sociedade exige essa postura. Estamos nos adequando às condições e realizando esforços.”


NA CONTRAMÃO
O prefeito se manifestou “radicalmente contrário” em relação à manobra do Legislativo, firmada por alguns vereadores, para adequar a LOM (Lei Orgânica do Município) à lei federal e abrir brecha ao aumento do número de cadeiras. “É momento extremamente inoportuno”. O Diário mostrou ontem que há movimento na Casa, às vésperas do prazo da Justiça Eleitoral, para retomar a discussão sobre ampliar mais seis vagas. “É absurda qualquer tese neste sentido. Está na contramão, destoando da necessidade.” 




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