Mais de 500 empreendedores participaram do Sebrae na Rua, realizado ontem e anteontem pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa de São Paulo), em Diadema. Nas tendas montadas na praça Lauro Michels, no Centro, os inscritos participaram de palestras e oficinas sobre como abrir e administrar uma micro ou pequena empresa.

Escolher o ramo certo de negócio é a principal preocupação do empreendedor Roberto Douglas Leme dos Santos, 43 anos. "Quero abrir uma pequena confecção de moda feminina, mas preciso de mais orientação para não errar. Por isso me inscrevi." Não é a primeira vez que ele tenta ser dono de um empreendimento. Já teve uma avícola, um açougue e, por sete anos, trabalhou como caminhoneiro autônomo. "Acho que tive muita ganância, quis ganhar dinheiro rápido e não deu certo", lamenta-se.

A palestra escolhida pelo futuro empreendedor foi ministrada pelo administrador de empresas Ari Trindade. "Na oficina, orientei como planejar uma empresa, que é o primeiro grande passo", explicou Trindade. No seminário, foram abordados todos os aspectos que devem ser analisados antes de escolher a área de atuação. "É preciso levar em conta as motivações do futuro empresário. Ele tem de conhecer suas habilidades e as necessidades e expectativas do mercado." Outro ponto importante do futuro ‘dono de negócio', segundo o administrador de empresas, é a análise de recursos disponíveis.

A estudante Talita Carvalho, 19 anos, é proprietária de uma loja de presentes em Diadema há um ano, mas ainda se sente insegura na administração do comércio. "Tudo o que eu sei, aprendi com a minha mãe, mas falta muita coisa, sou inexperiente", admitiu.

Ela acredita que as palestras do Sebrae vão ajudá-la a se organizar melhor. "É muito difícil administrar as finanças, os funcionários, fazer compras e vender sozinha. Preciso aprender muita coisa ainda."

"O bom desse programa Sebrae na Rua é que aproxima a entidade da população, que muitas vezes tem dúvidas e não sabe a quem pedir ajuda na hora de abrir um negócio", afirmou o microempresário Carlos Alberto de Souza, 34 anos. Ele sempre freqüenta as oficinas para se manter atualizado.