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Uso do cartão de crédito em compras sobe 26,7% no ano
Por Fernando Bortolin
Do Diário do Grande ABC
31/03/2006 | 07:40
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O primeiro trimestre do ano pode fechar com R$ 35,5 bilhões em movimentações com cartões de crédito, refletindo aumento de 26,7% ante os R$ 28 bilhões registrados no período de janeiro a março de 2005. A projeção é da Credicard, que estima em 66,7 milhões o número de consumidores portadores do 'dinheiro de plástico' no país hoje.

Em janeiro deste ano, a administradora de cartões havia apurado um giro de R$ 12 bilhões em compras efetivadas através da ferramenta, que por sí representou uma elevação de 27,7% ante os R$ 9,4 bilhões no mesmo período do ano passado. Essa foi a maior alta apurada no primeiro trimestre de 2006.

Em fevereiro foram contabilizadas R$ 10,9 bilhões em compras, com aumento de 26,8% ante os R$ 8,6 bilhões de fevereiro do ano passado. Já em março, o incremento foi de 26%, somando R$ 12,6 bilhões contra os R$ 10 bilhões contabilizados em março de 2005.

Juros – A facilidade de compra com cartões de crédito é inegável, ainda mais pelo fato de ser possível parcelar a compra sem juros, porém, o ponto negativo no uso ostensivo dessa ferramenta de crédito reside no elevado custo das taxas de juros cobradas pelas administradoras. Levantamento realizado pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), mostra que o juro é o mais alto na comparação com demais modalidades de crédito como CDC, cheque especial e crédito pessoal.

Os dados da Anefac apontam para um juro médio mensal de 10,24% cobrado pelas administradoras de cartões, o que reflete um custo anualizado de 222,16%. Isso representa quase o triplo do custo do dinheiro cobrado pelos bancos no Crédito Direto ao Consumidor, de 3,5% ao mês, ou 51,11% ao ano, e supera até mesmo o vilão dos juros altos: o cheque especial, cujas taxas oscilam, em média, entre 8,21% ao mês e 157,76% ao ano.

Outro cuidado necessário no uso do cartão de crédito é procurar quitar as dívidas contraídas em dia, preferencialmente, evitando o crédito rotativo e ou pagar apenas o mínimo estipulado. Pagar 100% da fatura é o melhor caminho. Na impossibilidade disso, muitas administradoras abrem parcelamento da conta, mas avalie se não é melhor contrair um crédito pessoal no banco, onde o juro é menor e o prazo do empréstimo maior, e saldar o cartão, onde o juro é bem mais salgado e o prazo mais curto.




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