Segundo o professor-titular de Odontologia Legal, Eduardo Daruge Júnior, o resultado deverá ficar pronto no prazo de dois a três meses. A análise foi pedida pelo Tribunal de Justiça (TJ) do Mato Grosso, que investiga o desaparecimento e provável assassinato do juiz.

Amaral foi visto pela última vez no dia 3, em Vargem Grande, na Regiao Metropolitana de Cuiabá. Depois de cinco dias, a polícia encontrou um corpo carbonizado em Concepción, no Paraguai, próximo à fronteira com o Brasil. O Instituto Médico-Legal (IML) de Mato Grosso identificou o cadáver como sendo do juiz, mas o TJ determinou o exame de DNA para eliminar a possibilidade de dúvida.

Os peritos da Unicamp receberam nesta segunda-feira o fêmur esquerdo e sete dentes da arcada inferior do cadáver encontrado em Concepción. O material também inclui amostras de sangue dos três filhos de Amaral e da ex-mulher dele. "A comparaçao dos mapas genéticos permitirá saber se o corpo é mesmo o do juiz", disse Daruge Junior.

O perito garante que o exame de DNA nao deixará dúvida sobre o cadáver encontrado no Paraguai. Segundo ele, o IML do Mato Grosso identificou o corpo com base nas impressoes digitais e no reconhecimento de algumas peças de roupas. "Nosso trabalho servirá apenas para confirmar a perícia que já foi realizada em Cuiabá", afirmou.