Do Diário do Grande ABC
22/11/1999 | 09:28
Como nos velhos tempos, canoes e
yoles - os barcos usados na prática do remo - ocuparam domingo (21)
parte do Rio Tietê. Relembrando décadas passadas, curiosos e
aficcionados amontoaram-se às margens do rio para acompanhar a
disputa. Em comemoraçao aos 100 anos do Clube Esperia, um grupo
de atletas participou de uma regata. Dessa vez, porém, foram
necessários óculos e máscaras para que os remadores nao
entrassem em contato com a poluiçao. A prova também exigiu
habilidade para desviar de troncos, pneus e garrafas. Entre os
44 remadores do Esperia, os veteranos chamavam a atençao. Com
muita vontade, percorreram o trecho de 250 metros do percurso -
que começava em uma plataforma montada em frente do clube e
terminava em uma outra, sob a Ponte das Bandeiras. A competiçao,
porém, era amistosa e todos foram premiados.
Os barcos usados na prova eram os mesmos da metade do
século. Segundo a diretora de remo do clube, Ana Helena Puchetti
o equipamento é mais estável que as embarcaçoes modernas e o
risco de que os nadadores caíssem no rio era menor.Vitto
Francisco Abattepaulo, de 80 anos, levou os netos. Ele remou no
Tietê até 1954. "No início o rio era limpo, mas quando eu parei
de praticar remo, já era bem sujo."
Para o coordenador de recursos hídricos da Fundaçao SOS
Mata Atlântica, Samuel Barreto, a competiçao ajudou a chamar a
atençao para a situaçao do Tietê. " Dá para ver que a cidade
ainda é muito ligada ao rio."
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