Este segundo encontro, organizado pelos bispos Carlos Ximenes, Felipe Belo e Basilio Nascimento, acontece menos de dois meses antes da data prevista para um plebiscito em que a populaçao do território se pronunciará a favor ou contra sua integraçao à Indonésia, sob a coordenaçao das Naçoes Unidas.
A primeira sessao deste encontro, que se realiza num grande hotel de Jacarta, perto do aeroporto internacional, reuniu na sexta-feira e no sábado os representantes timoreses que vivem atualmente no território. A segunda sessao, prevista para durar até quarta-feira, está aberta às personalidades timoresas que vivem no exílio.
José Ramos-Horta, que junto com o bispo de Dili, Felipe Belo, é prêmio Nobel da paz, obteve um visto que lhe permite participar da reuniao. É a primeira vez que volta à Indonésia, depois de partir para o exílio, quando o Timor Leste foi invadido, em 1975. Xanana Gusmao, dirigente da resistência que cumpre 20 anos de prisao, também foi autorizado por Jacarta a participar do encontro.
Falando em português, Gusmao lembrou que quando os primeiros passos ainda eram difíceis, era responsabilidade dos delegados obter uma reconciliaçao no Timor Leste. ``Já foram dados os passos mais difíceis - disse Gusmao -, o de aceitar a necessidade de um diálogo, que significa compreender melhor idéias contraditórias, o fim do medo e a recusa à violência'.
Por sua vez, o líder do setor pró-indonésio, Francisco Xavier Lopes da Cruz, disse que todo o povo timorês ``está ansioso em obter uma compreensao e é capaz de permanecer unido para a paz'.
Os timoreses votam em agosto para decidir se permanecem integrados à Indonésia ou se querem a independência.
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