Economia Titulo Calote
Inadimplência atinge 5,9%
do financiamento de carro

Liberação de crédito para veículos tem alta de 5,3% em abril;
em relação a março, o saldo das carteiras ficou 0,3% menor

Por Redação
07/06/2012 | 06:42
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A Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) informou que o saldo total das carteiras de financiamentos de veículos, por meio de CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e leasing fechou abril em R$ 200,7 bilhões. Com isso, os bancos das montadoras atingiram avanço de 5,3% sobre o mesmo período de 2011. Mas a inadimplência nas operações de CDC de veículos para os consumidores ficou próxima de dobrar o percentual do mesmo período do ano passado, com 5,9%.

Em relação a março, o saldo da carteira ficou 0,3% menor. O resultado foi o primeiro de variação negativa em relação ao mês anterior em dez anos.

Segundo a Anef, com base em dados do Banco Central, o saldo de crédito para aquisição de veículos em abril correspondia a 4,7% do PIB (Produto Interno Bruto), estimado em R$ 4,237 trilhões. E representava 9,6% do total de crédito do Sistema Financeiro Nacional, tendo em vista que apenas para pessoas físicas, a fatia estava em 29,8% de todos os empréstimos.

Em abril, as novas operações representaram R$ 6,74 bilhões para a compra de veículos por meio de CDC. O montante é 13,2% inferior ao resultado de março. Naquele mês, segundo a entidade, os bancos das montadoras concederam R$ 7,66 bilhões neste tipo de operação.

O volume concedido em abril, segundo dados da Anef, foi o menor do ano e também inferior a todos os balanços de 2011. O resultado já tinha sido ilustrado na indústria automotiva.

Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), as vendas de automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões caíram 14,5%. Em abril, foram comercializadas 257,9 mil unidades, contra 300,6 mil em março.

 

FALTA DE PAGAMENTO - O presidente da Anef, Décio Carbonari, disse que a inadimplência (atrasos por mais de 90 dias) em veículos aumentou estimulada pela inflação mais elevada, pelo crescimento do endividamento das famílias e a dificuldade daqueles clientes em ter acesso a novos empréstimos, que ficaram mais caros como resultado das medidas que o governo tomou durante o ano passado para conter a enxurrada de empréstimos.

"O mais importante sempre é que as pessoas tenham compreensão clara de quanto ganham e de quanto gastam por mês, fazendo e controlando seu orçamento para que tenham certeza de que poderão arcar com as prestações do financiamento e evitar surpresas."

 

 

 




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