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Estudo mapeia contaminação do Barão de Mauá
Por Cláudia Fernandes
Do Diário do Grande ABC
20/08/2007 | 07:21
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O solo do Residencial Barão de Mauá passará por nova avaliação feita por uma empresa contratada pela Cofap, a Geoklock, especializada em engenharia ambiental. O mapeamento vai traçar a atual situação da área de 33 mil m² do condomínio do Parque São Vicente, em Mauá, que tem o solo contaminado por 44 substâncias químicas tóxicas.

Técnicos farão 450 perfurações de diversas profundidades no solo e irão retirar material para análise. Segundo a Cofap, tudo será analisado duplamente para que não haja dúvidas sobre o resultado. Todo o trabalho está previsto para durar 90 dias. O processo será feito sem que as 1.760 famílias sejam retiradas de suas casas.

O mapeamento foi proposto pela Cofap, ré no processo de contaminação da área, e aceito pelo promotor de Meio Ambiente de Mauá, Roberto Bodini, que acompanha o caso. O promotor é responsável pelo pedido de liminar para a suspensão da decisão judicial de retirada de todos os moradores do condomínio e implosão dos prédios.

Para tal acordo entre Cofap e Ministério Público, foi firmado um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta).

INTERESSADA
Apesar de a Cofap ser parte interessada na não-desocupação dos apartamentos e conseqüente indenização dos moradores, o promotor vê na empresa a única possibilidade de se realizar tal trabalho no momento.

Segundo ele, o Estado não tem verba para pagar adiantado as custas de um processo tão caro. “A Cofap disponibilizou os estudos e eu tenho de aproveitar a iniciativa. Mas não ficaremos vendidos pelos técnicos da Cofap.”

Segundo o promotor, todas as partes envolvidas acompanharão o caso: um representante das famílias, que são as vítimas, e as rés, Vigilância Sanitária representando a Prefeitura; a empreiteira Soma; a incorporadora SQC, responsável pelo empreendimento; e a Paulicoop, cooperativa responsável pelas vendas dos imóveis, acompanharão diariamente o processo.

O resultado do mapeamento depois será apreciado por técnicos do Ministério Público, e da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). A intenção da Cofap é, após a aprovação do trabalho em campo, fazer a remediação da área contaminada sem a retirada dos moradores do local.

“Posso aceitar ou não o diagnóstico”, diz o promotor. Segundo ele, os técnicos do Ministério Público vão acompanhar o trabalho full time e determinar se a proposta apresentada é viável ou não.




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