Na tal campanha, Schwarzenegger prometeu salvar a Califórnia da propalada crise financeira – coisa de US$ 25 bilhões de déficit fiscal. No filme, o ator assume outra vez o papel do robô que vem do futuro para salvar o mundo do domínio das máquinas.
Salvar indiretamente, pois o exterminador de Schwarzenegger tem a missão de assegurar a vida do rapaz que é considerado o “herói da resistência humana”. Ele é John Connor, já salvo por robôs em O Exterminador 1 (1984) e 2 (1991). Na atual produção, Connor (interpretado por Nick Stahl) tem pouco mais de 20 anos e é ridiculamente frágil, deixando o posto de herói para o astro de Hollywood.
O roteiro repete a mesma base para a história. O futuro envia dois ciborgues: um para matar Connor e outro para protegê-lo. Desta vez, o robô maligno ostenta sedutoras formas femininas (Kristanna Loken) para um modelo ultramoderno, o T-X, feito de cristal líquido e com poder de controlar outras máquinas. Já o robô do bem é o obsoleto T-101, “agora com noções de psicologia”, novidade que é mais útil para dar ao filme alguns momentos de humor. A maior parte da fita é de ação, explosões e efeitos especiais.
John Connor vive atormentado pela possibilidade de uma nova ofensiva das máquinas para tentar eliminá-lo e dominar o mundo. Sobrevive sem documentos e nenhum aparelho que permita o rastreamento eletrônico.
O destino o coloca ao lado da jovem veterinária Kate Brewster (Claire Danes), filha de um militar da defesa norte-americana, o único que pode acionar a Skynet. Concebida para ser uma proteção dos Estados Unidos contra ataques nucleares, a Skynet pode se tornar uma legião de máquinas que destruirão os humanos.
O DVD para locação conta com extras básicos, como comentários de atores (Schwarzenegger, Stahl, Kristanna e Claire) e diretor (Jonathan Mostow). A direção de Mostow, aliás, é a principal mudança da série Exterminador – as duas primeiras produções foram dirigidas por James Cameron.
Desempenho – Quase 20 anos depois de estrear no papel do Exterminador, Arnold Schwarzenegger exibe praticamente a mesma forma física. Dizem até que usa a mesma roupa de couro que vestiu em 1991. As falas continuam econômicas. O filme pode marcar um recesso do ator no cinema.
Agora, Schwarzenegger deve se dedicar mais à administração da Califórnia. Para cumprir o que prometeu, o republicano tem três anos (período que faltava para terminar o mandato do democrata Gray Davis, retirado do cargo após as acusações de ter mergulhado o Estado no déficit recorde).
Mas, o governador ainda aparecerá em um filme que tem estréia prevista para julho deste ano, nos Estados Unidos. Ele faz uma participação na refilmagem de A Volta ao Mundo em 80 Dias, dirigida por Frank Coraci.
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