O ultimato lançado pelos seqüestradores dos quatro ocidentais que trabalham para uma ONG no Iraque e que podem ser executados se todos os presos no país não forem libertados expira neste sábado.

Em 26 de novembro, um grupo até então desconhecido chamado "Brigadas das Espadas do Direito" seqüestrou em Bagdá o britânico Norman Kember, 74 anos, os canadenses, James Loney, 41, e Harmeet Singh Sooden, 32, e o americano Tom Fox, 54.

O grupo ameaça matar os quatro reféns se todos os presos no Iraque não forem soltos das prisões americanas e iraquianas por todo o país. O ultimado expirava no dia 8, mas foi estendido por dois dias, segundo a rede de TV Al Jazeera.

Um emissário canadense, Ehab Lotayef, que chegou a Bagdá, disse que nenhum contato foi feito com os seqüestradores. Anas Altikriti, emissário das organizações britânicas opostas à guerra que viajou para o Iraque, se disse otimista sobre a sorte de Kember, segundo a imprensa britânica.

A ONG para a qual trabalham os reféns, a Christian Peacemaker Teams, afirmou em um comunicado que não condena os seqüestradores, mas apela a seu sentido humanitário. "Consideramos que este ato está errado, mas não condenamos estas pessoas, que provavelmente querem chamar a atenção para o problema das detenções ilegais. Trabalhamos pelos oprimidos e condenamos nossos governos por suas ações no Iraque", destaca o texto.