O Olimpia foi o segundo campeão da Libertadores a ser eliminado pelo Botafogo. Em confronto também dramático na fase anterior, o Botafogo deixou para trás o Colo Colo, do Chile. Após os dois confrontos de superação, os brasileiros garantiram lugar no Grupo 2, ao lado de Barcelona de Guayaquil, Atlético Nacional e Estudiantes. O último será o adversário no dia 14, no estádio do Engenhão, em sua estreia nesta etapa da competição.
O início sonolento contra o Colo Colo, quando sofreu gol aos dois minutos do primeiro tempo na segunda fase e teve de se recuperar, serviu de lição. Na base da experiência, o Botafogo diminuiu a velocidade do jogo, com forte marcação e ritmo cadenciado ao recuperar a posse de bola. Sem abdicar ao ataque, também arriscou, com Camilo, em chute para fora, aos dez minutos.
Em disputa contra o tempo, o Olimpia era neutralizado, enquanto os minutos corriam. Sem conseguir penetrar na área, teve de recorrer ao jogo aéreo, mas sem sucesso. A falta de efetividade começou a frustrar a torcida, que se dividia em apoio e críticas ao time paraguaio. Com vários cruzamentos, o goleiro Helton Leite teve de entrar em ação e conseguiu dar segurança ao time.
Mas os dez minutos finais do primeiro tempo trouxeram problemas para o Botafogo. Primeiro por conta dos amarelos para Marcelo e Carli. Depois pela finalização de Ortiz. Helton Leite deu rebote, mas Victor Luis salvou o time antes da finalização paraguaia.
A pressão do Olimpia se intensificou no segundo tempo, principalmente quando Roque Santa Cruz entrou em campo. No primeiro lance, o centroavante ajeitou de cabeça para Benítez, mas a defesa conseguiu travar o meia. Após perder o jovem Matheus Fernandes, o Botafogo também sofreu com a lesão de Helton Leite, que sentiu dores na coxa direita e foi substituído por Gatito Fernández.
No fim das contas, a troca de goleiros deu uma esfriada na partida. Sem a mesma agressividade dos primeiros minutos, o Olimpia passou a trocar passes sem objetivo, enquanto o Botafogo se fechou na defesa e abriu mão do ataque, com Rodrigo Pimpão isolado no setor ofensivo.
Já no desespero, o Olimpia voltou a explorar o jogo aéreo. Em uma delas, Bogado teve a chance de marcar, mas errou o alvo. Depois foi Roque Santa Cruz, que parou em Gatito Fernández. A diferença é que dessa vez o Botafogo sentiu a pressão e perdeu o controle. Foi ameaçado ainda por Ortiz até ceder e sofrer o gol.
Aos 34 minutos, após erro defensivo, Brian Montenegro ficou livre na área e chutou de esquerda para fazer 1 a 0. Foi só a partir do gol que o Botafogo tentou equilibrar as ações. Mas os dois times ficaram mais preocupados em não sofrer um gol que seria o da eliminação e aguardaram os pênaltis.
Melhor para o Botafogo. Com atuação de gala, Gatito Fernández defendeu os pênaltis de Ortiz, Mendoza e Benítez. O único que o goleiro do time brasileiro não pegou foi o de Rodi Ferreira. Com eficiência máxima, Camilo, Rodrigo Pimpão e Victor Luís não desperdiçaram e garantiram a equipe carioca na próxima fase da Libertadores.
FICHA TÉCNICA
OLIMPIA 1 x 0 BOTAFOGO (1 a 3 nos pênaltis)
OLIMPIA - Azcona; Rodi Ferreira, Hernán Pellerano, José Cañete (Bogado) e Giménez; Fernández (Roque Santa Cruz), Riveros (Mendoza), Ortíz e Julián Benítez; Pablo Mouche e Brian Montenegro. Técnico: Pablo Repetto.
BOTAFOGO - Helton Leite (Gatito Fernández); Marcelo, Carli, Emerson Silva e Victor Luis; Airton (Guilherme), Bruno Silva, Matheus Fernandes (Gilson), João Paulo e Camilo; Rodrigo Pimpão. Técnico: Jair Ventura
GOLS - Brian Montenegro, aos 34 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Fernández (Olimpia); Bruno Silva, Carli e Marcelo (Botafogo).
ÁRBITRO - Julio Bascuñan (Chile).
PÚBLICO E RENDA - Não divulgados.
LOCAL - Estádio Defensores del Chaco, em Assunção (Paraguai).
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