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Lula contra-ataca e bate forte no PSDB
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12/08/2006 | 00:00
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Em um emocionado discurso de mais de 30 minutos em comício em Niterói (Grande Rio), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato da Coligação A Força do Povo (PT-PRB-PC do B) à reeleição, atacou duramente ontem os adversários do PSDB e do PFL e exortou os aliados do PT, PCdoB, PSB e PRB, partidos que o apóiam, a não ter medo de debater os casos de corrupção surgidos no governo.

Segundo Lula, os escândalos referem-se a esquemas que existem no País há muitos anos e agora aparecem por causa da ação da administração federal. Ele afirmou ainda que os erros que aconteceram devem ser reconhecidos e atribuiu os ataques da oposição ao campo ético ao clima eleitoral.

“Estamos numa eleição, mas nossos adversários estão tratando isso como guerra”, afirmou. “Eles vão vir com a historinha da ética. Nenhum de nós pode ter medo de discutir a ética”, disse Lula, que cumprimentou, publicamente, o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, a quem chamou para o lado dele, por ter defendido os socialistas das acusações de envolvimento com o escândalo dos sanguessugas. “O que não podemos aceitar é levar desaforo para casa. Se erramos, vamos reconhecer os nossos erros”.

Lula comparou o trabalho do governo no combate à corrupção a uma faxina. “Não tenho medo de debater. Quem está tirando o lixo que eles deixaram sob o tapete somos nós. As sanguessugas começaram lá trás. Estamos fazendo como uma dona de casa que limpa.”

O presidente afirmou que disputa o segundo mandato, apesar de ser contra a reeleição, porque as circunstâncias o obrigam. Ele disse que a obra que iniciou precisa ser terminada.

“O que mais apavora os meus adversários é que na crise política que criaram, quando imaginaram que tudo estava acabado, descobriram que tinha uma coisa chamada povo.”

Para o presidente, PFL e PSDB farão de tudo o que for para prejudicá-lo. “Eles pensam que, porque governam esse país há 500 anos, há séculos, porque tiraram diploma universitário, sabem mais do que um metalúrgico.” Ele afirmou que os adversários não entendem como ele e os aliados podem gostar de pobres.  “Afinal, pobre só é lembrado por políticos em época de eleição. Eu gosto de lembrar 365 dias por ano. Não perco o sentido da minha origem”, disse Lula, que foi aplaudido por cerca de 3 mil eleitores que compareceram ao comício na Praça Araribóia, a maioria militantes dos partidos aliados.

O presidente, ao sair, surpreendeu a segurança e abraçou eleitores, provocando tumulto. Em seguida, ele cruzou a Baía de Guanabara para fazer um comício no centro do Rio com o senador Marcelo Crivella, candidato do PRB ao governo do Rio.



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