O empresário industrial brasileiro segue otimista. Embora o índice de confiança divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) tenha recuado 0,6 ponto percentual de abril para maio, o indicador encerra o mês com 66,3 pontos - valores acima de 50 indicam empresários confiantes. O Icei (Índice de Confiança do Empresário Industrial) está 7,2 pontos acima da média histórica, que é de 59,1 pontos.

De acordo com o estudo, a confiança elevada do empresário aponta que a economia continuará a crescer nos próximos meses. Dos 27 setores pesquisados, apenas o de refino de petróleo apresenta um índice de confiança abaixo da média histórica, com 59%. O segmento que se demonstrou mais otimista em maio foi o da borracha, onde o índice atingiu 70,6%.

O Icei vem recuando desde janeiro, o que é natural, segundo Marcelo Azevedo, economista da CNI, já que no fim do ano passado o otimismo do empresariado estava muito mais elevado por conta da recuperação da economia. "Embora seja a quarta queda consecutiva, ainda estamos com bons índices. É difícil esperar um crescimento maior depois de janeiro, quando o indicador alcançou 68,7%, recorde da série (iniciada em 1999)", afirma Azevedo.

Além disso, a retirada dos incentivos fiscais e a retomada do aumento da taxa de juros contribuem para que a confiança da indústria permaneça estável.

As empresas de grande porte são as que mais confiam no crescimento da economia neste ano, com 68,2%. "As pequenas, embora tenham registrado queda menor no índice de abril para maio (de 64,4% para 64,3%), têm otimismo mais contido do que as maiores (que passaram de 69% em abril para 68,2% em maio)", ressalta Azevedo.

De modo geral, os empresários demonstram acreditar que os investimentos vão continuar, e sustentar o crescimento da economia.