Economia Titulo Começo do ano
Empréstimo é opção para dívida de cartão de crédito

Bancos oferecem financiamento para quitar impostos e gastos escolares, que giram entre 0,88% e 7,5%

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
08/01/2009 | 07:00
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Todo final de ano é comum as pessoas pensarem que o 13º salário vai dar conta de todas as compras de Natal, pagamentos de impostos tradicionais do início do ano, como IPVA e IPTU, da matrícula escolar e da compra de material e uniforme dos filhos. Mas nem sempre é assim, e quando chega a fatura do cartão de crédito, muitos percebem que não conseguirão pagar todas as suas dívidas.

Já pensando nisso, os bancos oferecem no começo de janeiro uma linha de financiamento para quitar impostos e gastos escolares, que giram entre 0,88% e 7,5%. Entretanto, é preciso ter cautela, pois nem sempre trocar uma dívida por outra é negócio.

Segundo o consultor de finanças pessoais Francis Brode Hesse, "o ideal é se programar fazendo uma poupança extra durante o ano todo". Mas, como muitos passam longe disso, "o objetivo tem de ser evitar ao máximo novas dívidas, tentando negociar com quem você conhece há mais tempo. Dividir em duas ou três parcelas a compra do material escolar ou pedir à escola ou ao condomínio para pagar em duas vezes a mensalidade de janeiro".

ALTERNATIVA - Caso isso não seja possível, Hesse recomenda que a pessoa substitua uma taxa de juros por outra menor. É o caso da fatura do cartão de crédito, cujos juros ficam em torno de 13,5% - são os mais altos do mercado. Outra situação é a de quem gastou a mais utilizando o cartão de débito e, portanto, está devendo para o cheque especial, que possui tarifas entre 4% e 12%.

Para empréstimos, o Banco do Brasil possui taxas que variam de 2,92% a 3,82% ao mês com prazo de até 48 meses e até 59 dias para pagar a primeira parcela. Seguindo a mesma linha, o Bradesco oferece prazo de até 12 meses, e juros a partir de 3,8% ao mês.

A Nossa Caixa oferece crédito também a não correntistas, realizando a cobrança por boleto bancário. O prazo máximo para os financiamentos é de até 72 meses. As taxas vão de 1,70% a de 2,85% - e 7,5% para não correntistas. A Caixa Econômica Federal possui juros de 0,88% a 3,49%, para serem pagos em até 96 meses.

Os juros e os prazos normalmente oscilam em torno da condição de cada pessoa, explica Sônia Macedo, gerente regional em exercício de pessoa física da CEF. "Se o solicitante é aposentado contribuinte do INSS ou a empresa em que ele trabalha oferece crédito consignado com desconto na folha de pagamento, as taxas serão menores, já que as garantias são maiores", explica. E ela complementa: "o valor limite a ser emprestado equivale a 30% do salário líquido".




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