Política Titulo Santo André
Bonome tem respaldo de caciques do PMDB-SP
Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
23/02/2013 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Nilson Bonome tem respaldo de caciques da executiva estadual do PMDB para conduzir o diálogo com o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), a respeito da inclusão ou não da bancada peemedebista à sustentação do Paço. Os vereadores José de Araújo e Sargento Juliano reivindicam independência no diálogo com Executivo, mas se mostram com pouca força no diretório paulista. O presidente estadual da agremiação, Baleia Rossi, voltou a afirmar que o mandatário municipal conduzirá a conversa.

Santo André se tornou alvo de preocupação entre os integrantes da executiva estadual do PMDB, em reunião realizada na manhã de terça-feira. Lideranças importantes enfatizaram coro a favor de Bonome, que comanda a comissão provisória na cidade. Entre eles, está Arlon Viana, uma das principais figuras do comando da sigla em São Paulo e assessor direto do vice-presidente da República, Michel Temer.

Arlon não titubeia ao ser indagado sobre o comportamento dos legisladores em Santo André e critica a queda de braço com Bonome. "Ficou designado que os vereadores não negociam por si. Toda decisão do partido na cidade passará pelo Nilson Bonome. Se os vereadores não concordarem, podem sair do partido", alfinetou.

Em meio ao cenário desfavorável, Araújo e Juliano têm pouca adesão no diretório paulista, como a da deputada estadual e coordenadora regional do PMDB, Vanessa Damo. Outra liderança da executiva, o também parlamentar na Assembleia Legislativa Jorge Caruso, sentiu-se incomodado para comentar sobre a crise do partido em Santo André e, quando questionado pela equipe do Diário, preferiu desligar o telefone.

Além de quererem conduzir as negociações com Grana, os vereadores brigam junto ao partido no Estado pela inclusão deles na executiva e pela data para novas convenções municipais. Esse seria o primeiro passo para Araújo lançar Juliano como candidato à presidência do PMDB local.

Na quarta-feira, Araújo se encontrou com Baleia para tratar desses temas, mas o futuro do partido ainda segue incerto em Santo André. Para o mandatário paulista, antes de pensar em convenções, é necessário pacificar o ambiente.

"A convenção não tem prazo, pois primeiro precisamos pacificar o partido em Santo André. Os ânimos estão acirrados. Com serenidade, conversaremos para chegar a um bom resultado. Mas o Bonome é presidente do partido e queremos que faça o diálogo com Grana", ponderou Baleia.

 

RESISTÊNCIA

A determinação do PMDB paulista não faz Araújo amenizar o tom contra Bonome. Ele descarta consultar o líder municipal para negociação com Grana, sempre repetindo que somente conversará diretamente com Baleia. "Bonome é presidente de uma comissão provisória. Para mim, nada representa."

Em meio à discórdia entre peemedebistas, Grana cogita procurar diretamente Baleia para resolver o impasse. No Executivo, Araújo e Juliano são vistos como essenciais para dar gás à base governista, hoje formada por sete vereadores, enquanto a oposição soma 12.




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