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PSDB absolve diretórios de Santo André e Ribeirão

Bruno Covas e Edson Aparecido intervêm a favor de afilhados

Por Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
20/02/2013 | 06:51
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A influência de lideranças do PSDB paulista foi decisiva para a absolvição dos diretórios tucanos em Santo André e Ribeirão Pires, comandados respectivamente por Ricardo Torres e Marcos Tibério, após os dois tucanatos não elegerem vereadores em 2012. O secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas, e o chefe da Casa Civil do Palácio dos Bandeirantes, Edson Aparecido, convenceram os demais componentes da executiva estadual a favorecer seus afilhados políticos.

Favorável pelas destituições dos diretórios, o presidente do PSDB paulista, deputado estadual Pedro Tobias, foi voto vencido em reunião da executiva estadual, formada por outros 17 integrantes, entre eles Bruno Covas e Aparecido, realizada na segunda-feira. "Na minha opinião, (o partido) deveria cassar todos os diretórios (municipais que não elegeram vereadores), mas a maioria da executiva aprovou a tese de defesa da coordenação regional", lamentou Tobias.

No Grande ABC, o relatório foi feito pelo presidente do PSDB em Mauá, Márcio Canuto. Ele alegou que uma intervenção agora apenas geraria maior desgaste à legenda, a um mês das convenções.

No encontro, Bruno Covas disse que Torres, que foi seu assessor na Pasta de Meio Ambiente, seguiu orientação da executiva estadual pelos rumos adotados pelo PSDB local. No primeiro turno, o tucanato andreense apoiou o prefeiturável Raimundo Salles (PDT) e no segundo turno aderiu à campanha de Aidan Ravin (PTB) contra Carlos Grana (PT). No pleito, a sigla não elegeu vereador na cidade pela primeira vez na história desde a sua criação, em 1988.

A situação da agremiação em Ribeirão Pires era de interesse de Aparecido, que teve o advogado Cezar de Carvalho, principal liderança tucana na cidade, como seu assessor quando ocupava o controle da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano.

Tibério é indicação de Cezar na presidência do PSDB municipal. A sigla não passava em branco na Câmara desde 1996.

 

TRANQUILIDADE

A decisão do PSDB estadual não surpreendeu Cezar, que preferiu minimizar os resultados da eleição municipal. Para o tucano, o fato de o partido não ter representante no Parlamento passa pela aliança eleitoral com o ex-candidato ao Paço Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), que teve registro de candidatura impugnado pela Justiça por abuso de poder econômico. "Não se pode destruir uma história por causa de uma eleição", avaliou.

Torres adotou discurso semelhante ao afirmar que se sente com dever cumprido frente ao PSDB de Santo André. "Fiz tudo que a direção estadual determinou e ajudamos candidaturas (de Salles e Aidan) por entendermos que essa era a melhor forma de impedir a ascensão do PT na cidade".

 

 




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