Setecidades Titulo Aniversário
Há 56 anos em defesa do Grande ABC

Jornal muda projeto gráfico sem abandonar princípios
que, desde 13 de maio de 1958, fazem dele o braço direito da região

Por Evaldo Novelini
Do Diário do Grande ABC
11/05/2014 | 07:10
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Arquivo/DGABC


O ''''Diário'''' comemora hoje 56 anos e presenteia os leitores com a reformulação do projeto gráfico. A mudança alinha o jornal ao que existe de mais moderno no mundo da comunicação. A linha editorial continua a mesma, voltada à defesa dos interesses das sete cidades que formam o Grande ABC.

As alterações na parte gráfica visam facilitar a apresentação e a leitura das notícias. Cada editoria ganha uma coloração particular para melhorar a identificação. Nas chamadas da Primeira Página, a cor auxilia na localização do caderno em que a respectiva notícia está publicada. Os textos das reportagens se tornam mais compactos, mas a densidade do conteúdo é ampliada.

“Vamos tornar a vida do leitor mais fácil sem abandonar os princípios que norteiam o jornal desde que foi fundado, há quase seis décadas”, diz o diretor de Redação, Sérgio Vieira. Entre as diretrizes do novo momento, ele destaca o fortalecimento de campanhas destinadas ao desenvolvimento social, econômico e político da região.

O diretor lembra que, desde a primeira edição do jornal, em 11 de maio de 1958, sob o nome de News Seller, não há como dissociar as histórias do Diário e do Grande ABC. “A identificação não só será mantida como a nossa proposta é ampliá-la.”

Titular da coluna Memória, publicada diariamente no caderno Setecidades (batizado, aliás, em referência ao número de municípios que compõem o bloco), o jornalista Ademir Medici ressalta as origens da simbiose. “O nome Grande ABC foi publicado pela primeira vez pelo semanário News Seller no domingo, 2 de julho de 1967, em cima dos estudos sobre a criação das áreas metropolitanas brasileiras”, lembra. No ano seguinte, o próprio jornal mudaria de nome para Diário do Grande ABC, cujo número 1 circulou na quinta-feira, 9 de maio de 1968.

Em 15.781 edições publicadas até hoje, o ''''Diário'''' se transformou no braço direito das sete cidades – a propósito, lema publicitário utilizado pelo veículo em determinado momento de seus 56 anos. Entre as campanhas mais famosas, estão as que mobilizaram representantes políticos e da sociedade civil para exigir maior fluidez na Avenida dos Estados, a despoluição da Represa Billings e o voto nos candidatos a deputado estadual e federal que tinham domicílio eleitoral em uma das sete cidades.

A qualidade do jornalismo praticado pela publicação rendeu vários prêmios. O mais importante reconheceu a excelência de reportagem veiculada nas edições de 30 e 31 de agosto de 1976, sob o título ‘Grande ABC: A Metamorfose da Industrialização’. Assinados pelos repórteres Ademir Medici e Edson Motta, os textos contavam os impactos positivos e negativos sofridos pela região com a chegada das fábricas. A dupla ganhou o Prêmio Esso.

Imparcialidade na cobertura diária e coragem na luta pela democracia

Sábado, 19 de dezembro de 1970, 8h. Incêndio irrompe na ala 13 da fábrica da Volkswagen em São Bernardo. Morte e desespero.

Quarta-feira, 30 de junho de 2004, perto da meia-noite. A equipe de futebol do Santo André vence o Flamengo por 2 a 0, cala o Maracanã e conquista a Copa do Brasil. Festa.

Nos últimos 56 anos, os mais relevantes episódios, tristes ou alegres, foram registrados nas páginas do Diário. Sempre com imparcialidade.

O trabalho dos repórteres e editores do jornal não se limita às sete cidades. Nos arquivos, há registros de grandes coberturas nacionais, como a morte do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna, em 1994, e a queda de avião da TAM no bairro do Jabaquara, na Capital, que deixou 99 mortos em 1996.

À cobertura dos fatos, soma-se a coragem do jornal em se posicionar ao lado dos interesses do Brasil. No regime militar (1964-1985), por exemplo, o Diário chega a chamar de ‘Ditadura’, na manchete de 31 de julho de 1978, o que alguns classificavam de Revolução. Em 1979, critica em Editorial a intervenção do governo federal nos sindicatos e as prisões de trabalhadores.




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