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Coordenador regional da Rede refuta aliança com PSB

Para Virgílio, legendas são como água e óleo no Grande ABC, negando reproduzir elo de Marina e Campos

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
08/10/2013 | 07:00
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José Cruz/ABr


Água e óleo. Essa foi a comparação utilizada pelo coordenador regional da Rede Sustentabilidade, Virgílio Alcides de Faria, ao avaliar a possibilidade de a aliança entre Marina Silva – idealizadora da Rede – e o PSB ecoar no Grande ABC.

Para Virgílio, os projetos da Rede e do PSB são distintos, e na região a disparidade fica mais latente. “Não existe partido que pense igual à Rede. No Grande ABC, é como água e óleo, principalmente porque as bandeiras são bem diferentes”, comentou, afiançando que muitos pensadores da legenda continuarão no processo de construção da agremiação, com vistas para a eleição de 2016.

Segundo o coordenador, idealizadores da sigla no Grande ABC ainda não se reuniram para avaliar a decisão de Marina Silva em se aliar com o governador de Pernambuco, presidente do PSB nacional e virtual candidato à Presidência da República, Eduardo Campos. A parceria foi anunciada no sábado, dois dias depois de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter negado registro à Rede, alegando que o partido não atingiu assinaturas suficientes para percorrer trâmites burocráticos de legalização.

“Foi uma atitude que gerou polêmica e muitos ainda precisam digerir o que ocorreu. Depois desse tempo é que vamos sentar e discutir tudo”, afirmou o advogado, opinando favoravelmente à escolha de Marina, que abdicou de candidatura própria à sucessão de Dilma Rousseff (PT) para, provavelmente, ser vice na chapa de Eduardo Campos. “Do ponto de vista programático ela acertou, porque tem projeto num cenário nacional.”

Primeiro secretário estadual do PSB, Wilson Pedro da Silva disse que a legenda está de portas abertas a articuladores da Rede, mas garantiu que o partido não vai procurar políticos aliados de Marina Silva. Ele avaliou que Virgílio fez análise levando em consideração o cenário de Diadema, onde o advogado especializado em direito ambiental tem maior atuação política. “Não se pode transportar o que acontece em Diadema para Santo André, por exemplo.”

Um dos projetistas da Rede na região, o vereador Almir Cicote, de Santo André, já está no PSB e tem planos de candidatura a deputado estadual. Em Diadema, os nomes que trabalharam pela legenda decidiram apoiar o secretário-geral da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) local, Edivaldo Lubeck, numa candidatura a deputado federal pelo PSC.

Em São Bernardo, o vereador Pery Cartola optou por se filiar ao Solidariedade após auxiliar na coleta de assinaturas para a Rede. Pery tenta ser candidato a deputado federal e será coordenador regional da nova legenda. Já em Mauá, o principal articulador da Rede Sustentabilidade é o ex-prefeiturável Mateus Prado, que, em princípio, continuará na proposta de construção da sigla.




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