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Greenhalgh fala sobre desarmamento na região
Por Renan Cacioli
Do Diário do Grande ABC
18/09/2005 | 07:56
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O deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) virá ao Grande ABC falar sobre o referendo do desarmamento em dois eventos, no período de uma semana. Segunda, ele expõe na Casa do Advogado de São Bernardo (rua 23 de maio, 215, Vila Tereza) a palestra “Os Aspectos Relevantes do Referendo do Desarmamento”, às 19h. NO dia 26, ele será o convidado especial da Câmara de Diadema para a audiência pública sobre o tema, às 19h30.

Integrante da frente favorável à proibição do comércio de armas de fogo e munição no país, Greenhalgh foi o relator do Estatuto do Desarmamento. A palestra desta segunda, promovida pela 39ª Subsecção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), será realizada no auditório da Casa do Advogado, e as inscrições devem ser feitas mediante a doação de uma lata de leite em pó.

Para o vereador Pastor Jair (PT), um dos articuladores da frente pelo desarmamento em Diadema, eventos como este são fundamentais para orientar a população. “É uma contribuição ao referendo de 23 de outubro, uma forma de conscientizar a população sobre a importância de não nos armarmos. Precisamos despertar a consciência de paz no município, que já tem o Plano de Segurança Municipal, tem a campanha do desarmamento infantil que tem dado certo”, diz Jair.

Além de Greenhalgh, o encontro em Diadema terá a presença da secretária de Defesa Social da cidade, Regina Miki, do professor de Direito Penal da Fapan (Faculdade Panamericana de Direito) de São Bernardo José Carlos Gomes e dos seus alunos do 3º ano que fizeram um levantamento nas delegacias da região para constatar o índice de homicídios cometidos por meio de armas de fogo.

“O estudo mostra que, em Diadema, houve redução de 70% no índice de homicídios usando armas de fogo, em boa parte, graças à Campanha do Desarmamento”, afirma o estudante Leandro Rodrigo, um dos integrantes do grupo de pesquisa.

Segundo Jair, além de apresentar o resultado do estudo na audiência do dia 26, a idéia é levar esses dados às escolas da região e, se possível, confeccionar cartilhas para serem distribuídas até o referendo, em outubro. O petista acha que a campanha ainda não encontrou grande repercussão na região.

‘Armas não protegem’ – O vereador de Diadema é enfático na sua opinião sobre o porte de armas de fogo: “A arma surte o efeito contrário, em vez de proteger traz conseqüências maiores e sempre quem leva a melhor, infelizmente, é o bandido”.

Jair acredita que a idéia da legítima defesa, exposta pela ‘bancada da bala’ – o grupo contrário ao desarmamento –, não é o suficiente para justificar o comércio de armas. “Não é a questão do direito de se defender. Esse argumento é muito pífio em relação aos demais. Às vezes, a pessoa tem uma arma e nem sabe usar. Legítima defesa não significa que eu precise carregar uma arma de fogo para cima e para baixo”, critica. “Quando o cidadão está com a arma na mão acha que é o super-homem, e faz a coisa sem raciocinar. A população sem arma vai pensar duas vezes antes de reagir”, completa Jair.




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