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Mauá atrasa entrega de espaço de lazer

Centro esportivo Dorival Rezende da Silva deveria estar pronto desde 2017, mas segue sem prazo

Por Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
11/12/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Passado um ano e três meses da data prevista para entrega do Centro Esportivo Dorival Rezende da Silva, na Vila Lídia, em Mauá, a obra do local está parada e não tem previsão para retomada da construção. Anunciado pelo prefeito Atila Jacomussi (PSB) no primeiro semestre de 2017, o equipamento, que deveria proporcionar atividades de lazer à comunidade, se tornou área de acúmulo de lixo e com mato alto.

A equipe do Diário esteve no local e conversou com moradores. Eles afirmam que dois meses depois que a obra começou, em maio de 2017, o serviço foi paralisado e, desde então, nunca mais viram trabalhadores no canteiro de obras. Até mesmo a placa afixada pela Prefeitura em frente ao local foi retirada.

“Temos vídeos do dia em que os funcionários da Prefeitura arrancaram a placa. E agora está assim, e cada dia pior. Mato alto, sujeira, pichação, abandono e descaso com a população”, disse William Gonçalves, 30 anos.

Os moradores do bairro chegaram a se juntar no início do ano e arrecadar dinheiro para custear iluminação e arrumar a quadra de areia do espaço. Meses depois, dizem ter desistido de instalar as lâmpadas, mas mostram muro que fizeram – pois o anterior caiu com as chuvas – e pintaram para decorar. “A população que se une para cuidar um pouco, mas não é justo a gente ter de fazer o que o governo tem obrigação”, destacou Gonçalves.

O dono do lava-seco que fica em frente ao espaço, Eduardo da Silva Viana, 35, mora no bairro desde que nasceu. Para ele, o que era para ser bom, virou um transtorno. “Fora que, além das vigas expostas, que são de risco, têm arame caído, entulho e restos de obra jogados. Não tem nem como as crianças brincarem aqui.”

Grupo de amigos que antes jogavam futebol todas as terças e quintas-feira à noite, mudou a atividade para o fim da tarde para não ficar no escuro. “Alegam que aqui é ponto de droga, mas não. Aqui tem trabalhador, pai de família. Temos um bairro inteiro esperando pelo espaço de lazer prometido”, ressaltou o estudante Pedro Neves, 19.

A Prefeitura informou, por meio de nota, que as intervenções estão paralisadas por motivo de rescisão contratual, visto que a empresa anterior “não seguiu os parâmetros previstos no projeto original, chegando a ser multada em R$ 204 mil”.

A princípio, a ordem de serviço estava avaliada em R$ 186,3 mil. Segundo a administração municipal, diante da situação com a antiga licitada, a Prefeitura “se viu obrigada a elaborar um novo material técnico, cujo valor está em R$ 171 mil, por meio de uma linha de crédito da Caixa”.

Questionada sobre prazo, a Prefeitura afirma que somente após análise da instituição bancária os procedimentos para a retomada das obras terão sequência. 




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