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Loiola: socorro teve sua efetivaçao ordenada ao BB
Por Do Diário do Grande ABC
05/05/1999 | 00:23
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Terminou no final da noite desta terça-feira, na CPI dos Bancos, no Senado, depoimento do consultor jurídico do Banco Central, Manoel Dulcídio Loiola. Em seu depoimento, Loiola reforçou a avaliaçao dos senadores da CPI de que a operaçao de ajuda do BC aos Bancos Marka e FonteCindam foi aprovada e teve sua efetivaçao ordenada ao Banco do Brasil antes de serem ouvidos o subprocurador e o consultor.

Os senadores questionaram Loiola sobre a razao de nao ter sido cancelada as operaçoes, já que elas haviam sido feitas como parte do esforço de preservaçao do sistema de bandas cambiais, mas foram concretizadas depois do anúncio do BC de que o câmbio estava liberado. Loiola argumentou que as negociaçoes haviam sido feitas no dia 14 e que, na manha do dia 15, quando houve a mudança no câmbio, eles nao estavam acompanhando os acontecimentos, pois estavam envolvidos no processo de conclusao das duas operaçoes.

O presidente em exercício da CPI, José Roberto Arruda (PSDB-DF), comentou, ao final da sessao, que o subprocurador e o consultor jurídico chegaram a aconselhar ao BC um caminho alternativo (a liquidaçao extrajudicial dos dois bancos), que nao foi seguido pela Diretoria. Arruda disse, no entanto, que só fará um julgamento final do caso após ouvir os diretores dos bancos e a Bolsa de Mercadoria & Futuros.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse, no entanto, que para ele o caso só estará completo quando for ouvido também o ministro da Fazenda, Pedro Malan. Suplicy comentou ainda que o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, deve estar querendo voltar à CPI para dizer que só agora está se dando conta do que se descobriu. Já o senador Jáder Barbalho (PMDB-PA) acha que o episódio está encerrado e que os depoimentos restantes serao ouvidos apenas para concluir o processo.




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