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Polícia indicia pais de bebê torturada
Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
25/10/2016 | 07:00
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 O casal Bárbara Santos Oliveira, 18 anos, e Igor Amaral Dias, 20, acusado de torturar a filha de 4 meses, na Cidade São Jorge, em Santo André, continua preso. Os dois foram indiciados pela Polícia Civil. O caso teve representação encaminhada à Justiça pelo Conselho Tutelar ontem. Já a bebê segue internada no CHM (Centro Hospitalar Municipal) e está sob guarda do Conselho Tutelar da cidade.

Conforme o delegado titular do 3º DP (Vila Pires), Luiz Guilherme Marcondes, responsável pelo caso, situação de tortura saltava aos olhos. “Agentes da UBS (Unidade Básica de Saúde) foram verificar, já que ela não foi levada para tomar algumas vacinas. Ao saírem da casa, chamaram a PM (Polícia Militar). Os machucados eram visíveis, inclusive um pouco do rosto estava sem cartilagem”, afirmou.

O delegado contou que o casal estava desempregado e sobrevivia com um benefício pago mensalmente pelo pai de Bárbara. Eles se casaram após a jovem ficar grávida e moravam nos fundos da casa de uma tia. Os dois não permitiam que a filha fosse visitada.

Conforme Marcondes, eles não têm antecedentes criminais e não são usuários de drogas. “Eles até aparentam ser um casal normal, de nível razoável. Mas, em vista das versões conflitantes e, principalmente, do estado do bebê, foi dado o flagrante”, disse.

Conforme a coordenadora da unidade 2 e conselheira Cátia Regina de Maria, responsável pelo caso, a bebê não corre risco de vida, apesar de ter sido submetida a diversos procedimentos médicos. “Hoje (ontem), ela já passou por cirurgia e precisou de transfusão de sangue. A mandíbula também está fraturada. É um caso que estamos dando total prioridade, desde sexta-feira, quando aconteceu”, afirmou.

A conselheira disse ainda que parentes do casal chegaram a procurar o órgão municipal, porém não há permissão para visitas à vítima. “Estamos encaminhado representação do caso à Vara da Infância (e Juventude) e da Família. A Justiça vai decidir se ela (bebê) permanece com a gente ou pode ser que a guarda vá para os parentes, porém toda o caso precisa ser avaliado”, ponderou.  




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