Cíntia Bortotto Titulo Carreira
Fui demitido, e agora?
Por Cíntia Bortotto
17/07/2017 | 07:17
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Como encarar uma demissão no atual momento que vivemos? Este sempre é um processo complexo, especialmente se você dedicou um tempo para um projeto em uma empresa e se envolveu com ele. A separação, algumas vezes, já vem sendo conversada, e aí pode ser que seja um processo mais tranquilo, mas, em outras, ela não é esperada. Com o mercado recessivo, este tipo de situação tende a acontecer mais, porque a empresa precisa desligar funcionários que, em outros contextos, não seriam desligados por conta da necessidade de diminuir custo. Isso, em geral, é um choque para a pessoa.

O primeiro movimento em uma situação como esta é fazer uma reflexão sobre o que você pode fazer melhor, o que pode ser diferente. Todo processo em nossa vida é uma aprendizagem e o ideal é não deixar de aprender com o desligamento.

O segundo passo é como o mercado está para a posição em que você quer se recolocar: quais empresas estão contratando e qual a remuneração em geral que estão pagando. Você precisa estruturar estas informações para fazer uma busca mais assertiva.

O terceiro passo é atualizar o currículo para começar a fazer um processo mais pragmático de busca. Foque em dados quantitativos e nos diferenciais que você demonstrou em cada empresa, contando de maneira resumida o que você fez em cada uma delas. Aí, acione sua rede de contatos, conte para as pessoas que você está disponível no mercado, avisando que está procurando uma nova posição e qual posição. Muitas delas não são trabalhadas por headhunters ou recrutadores, elas são fechadas por indicação, por isso ativar sua rede é tão importante. Depois, comece a olhar os sites que divulgam vagas para procurar algo que se encaixe no seu perfil, como Vagas.com, Curriculum.com, E-lancers, Linkedin, Monsters e outros.

E o lado emocional, como fica? Uma forma de lidar com o emocional é elencar todos os resultados que você trouxe nos últimos trabalhos, só isso já vai ajudar com o processo de melhoria de autoestima: você vê que pode fazer, que entregou. Aquela sensação de não ter sido bom o bastante tende a diminuir quando você consegue quantificar seus feitos. Outro ponto importante é permanecer calmo quanto à questão financeira. Veja o quanto você tem guardado, organize as finanças e corte custos desnecessários para saber que você consegue viver com menos até conseguir se recolocar. Isso alivia, pois você consegue enxergar que pode ter paz e consegue mais força para buscar um trabalho com mais serenidade.

O seguro-desemprego pode ser um conforto, ele ajuda a pagar algumas contas e até pode ser similar à remuneração anterior dependendo do nível do seu cargo. Ele acontece por um tempo e você não pode se acomodar. Estar trabalhando faz parte do nosso papel social, e isso é muito importante, por isso, não se deixe cair na zona de conforto.

Para finalizar, gostaria de dizer que um processo de desligamento não pode deixar você se abater e afetar sua autoestima. Pare, respire, repense, reorganize-se e vá para o próximo desafio mais confiante. Boa sorte! 




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