Ferreira, que preside o Unibanco, ressaltou que em 33 anos de existência da federação, esta talvez seja a primeira vez que uma pessoa que, segundo ele, “não é do ramo” assume a presidência. Ferreira compôs o departamento jurídico da entidade durante 15 anos. Ele disse ainda que os bancos estarão dispostos a colaborar com o governo. Entretanto, destacou que entende ser essencial que bancos e bancários tenham flexibilidade para ajustar suas condições de trabalho às novas realidades que se configuram com a globalização.
O presidente da CNF, ao tomar posse, disse que a entidade, que existe há 16 anos, sempre se destacou pelo diálogo aberto e construtivo. “A missão da CNF é ampla e engloba os diversos segmentos do sistema financeiro. Nesse novo cargo vou tratar da Lei das S/As e trabalhar para a revisão da Lei de Falências, dentre outros tópicos”, disse Bornia.
A cerimônia foi realizada no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo, e contou com a presença de diversos ministros, presidentes de instituições financeiras e autoridades dos governos estadual e federal. O presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, foi representado pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan. Também estiveram na cerimônia o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alcides Tápias.
Diálogo – Segundo Malan, Gabriel Jorge Ferreira e Antônio Bornia darão continuidade ao processo de estabilização econômica por que passa o país. “São pessoas transparentes e que farão com que o diálogo entre governo e as instituições bancárias ocorra com naturalidade.”
O presidente do Banco Central disse que a entidade estará trabalhando lado a lado com a Febraban e a CNF para que o Brasil dê prosseguimento ao seu processo de estabilização econômica. “Depois das turbulências econômicas vividas no fim da década de 80 e início da década de 90, aqueles que permaneceram de pé mostraram-se os mais fortes”, disse Fraga.
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