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Causa da morte de jovem é mistério
Adriana Ferraz
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
02/05/2008 | 07:00
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No laudo do IML (Instituto Médico Legal), a causa da morte de Erick Jhonathan Esiquiel, 20 anos, é desconhecida. Exames feitos no corpo do estudante de Direito encontrado anteontem na cidade de Pirapora do Bom Jesus, após participar de uma festa rave no sábado, não apontaram se o jovem foi espancado nem a data da morte.

Ele foi encontrado com uma fratura exposta na perna e lesões no rosto. Por conta dos ferimentos, o boletim de ocorrência na delegacia de Pirapora foi registrado como homicídio simples. No entanto, não há indícios de que houve um assassinato nem pistas de como o desaparecimento e o suposto crime aconteceram. O IML de Osasco, responsável pelos exames feitos no rapaz, não identificou perfurações de objetos pontiagudos ou mesmo tiros no corpo do estudante. Apenas as lesões já relatadas.

O mistério entorno do que realmente aconteceu com o morador de Ribeirão Pires, que saiu de casa escondido, revolta a família e desperta a curiosidade da polícia. Uma das hipóteses é de que o corpo do jovem tenha sido desovado na pedreira que abrigou a festa. Para um dos tios do rapaz, Marcos de Cantalice, esta possibilidade parece bastante provável.

 “Na terça-feira, meu irmão Carlos Eduardo esteve no local e não viu o corpo. No dia seguinte, estava lá. Como? Nós fizemos buscas detalhadas em toda a área, com binóculos, inclusive. Teríamos visto alguma coisa. Ele estava a cerca de um quilômetro do principal ponto da festa”

A falta de informações sobre o paradeiro do rapaz, que oficialmente saiu de casa no último sábado para fazer uma prova na faculdade e depois seguir para um congresso, dificultou a atuação da família. Os pais só souberam que ele havia mentido no domingo, por volta das 15h. Até este horário, ele não foi procurado por parentes. Apenas um amigo se preocupou em saber o que havia acontecido, já que Erick não compareceu ao ponto de encontro marcado pelos amigos.

“A polícia, no início, não mostrou empenho. Tivemos de nos organizar, praticamente sem ajuda. Fomos a 15 cidades nos quatro dias em que ele ficou desaparecido. Não conseguimos nenhuma pista até o aparecimento do corpo. Os colegas da van abandonaram meu sobrinho”, acredita Cantalice.



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