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S.Bernardo cria plano de carreira para Educação
Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
06/04/2006 | 08:21
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A Prefeitura de São Bernardo colocou em vigor o decreto que cria plano de carreira para servidores da Educação. Esse primeiro passo da administração, que deve atender em parte as reivindicações da área, fez com que o protesto dos servidores públicos quarta-feira, no Paço Municipal, perdesse força. Na assembléia, os manifestantes rejeitaram a proposta do Sindiserv (sindicato da categoria) de greve de 72 horas e decidiram manter o estado de greve.

O Plano de Carreiras do Magistério – que envolve professores, diretores e técnicos do setor – dispõe que o setor receba promoção vertical, dependendo do tempo de serviço, que varia de acordo com o cargo. Segundo o secretário de Ações Voltadas à Comunidade, Admir Ferro, será feita uma lista de classificação onde os 25 primeiros de uma escala de 100 receberão a promoção.

Ferro diz que a lista será montada a partir de títulos, desempenho e cursos do servidor, o que resultará em uma pontuação. “A contagem de pontos será feita a cada dois anos e, durante este período, ficará fora quem tiver mais de 12 faltas justificadas e duas sem explicação”, detalha o secretário. Além disso, também não terá direito quem estiver de licença ou afastado do trabalho por mais de 60 dias. A determinação, que será retroativa, deverá beneficiar 550 dos 2.770 funcionários do setor.

Segundo a presidente do sindicato, Vânia Aparecida de Souza, o decreto da área educacional não atende a expectativa da categoria. “Na verdade o que ele fez foi o cumprimento de uma lei esquecida na gaveta”. Ela ressalta que os servidores querem que a iniciativa se estenda para todos os setores do funcionalismo. “Além de ser revisto também o reajuste salarial e os planos de saúde”, completou.

Assembléia – Na assembléia realizada quarta-feira no Paço, segundo a Guarda Municipal, os manifestantes tentaram tumultuar a sessão que ocorria na Câmara. Ao contrário do que o sindicato havia garantido no dia anterior, os servidores quiseram entrar à força no prédio, mas foram contidos pelos guardas, que tiveram de usar gás pimenta para conter o movimento. Parte dos funcionários ocupou as galerias, xingou os vereadores e, por isso, a sessão ficou suspensa por mais de duas horas.

A Prefeitura se mantém irredutível. Quarta-feira não aceitou a proposta do sindicato – levada pelos vereadores de situação – de ter como intermediador das negociações a CUT (Central Única dos Trabalhadores). Como o sindicato é filiado à entidade, seria uma forma de o grupo ser ouvido pela administração, que continua firme na postura de só abrir negociação com uma comissão formada por servidores sem vínculo sindical. A Prefeitura não reconhece a atual direção do sindicato, empossada por força de liminar.



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