O anúncio do Plano de Ações Prioritárias para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), realizado na última segunda-feira pelo ministro da Previdência, Luiz Marinho, causou dúvidas e expectativas em alguns segurados – principalmente na questão do cumprimento da lei, em acabar com o estoque de processos fora do prazo legal, de 45 dias e melhorias no atendimento.

“Pelo que já passei quando precisei de um auxílio-doença do INSS, acho meio impossível as mudanças”, destaca o inspetor de qualidade, Luciano da Silva Pedro.

Segundo ele, a boa vontade do governo não basta para acabar com as negligências do Instituto. “O ministro pode estar com boa vontade, mas os funcionários precisam contribuir. Não há necessidade em maltratar os segurados ao negar um benefício. Infelizmente, não tem como o governo ter controle de todas as ações do pessoal que trabalha dentro do instituto”, diz o inspetor.

Para o ferramenteiro Laerte Donizete Cassimiro, as mudanças são bem-vindas, porém incertas.  “É uma falcatrua danada no INSS. Na semana passada, eu fiquei mais de duas horas aguardando para ser atendido”, ataca Cassimiro. “O INSS precisa de mudanças urgentes. Falar é uma coisa, cumprir é outra. Confesso que fica difícil acreditar nesse povo”, diz ele.

O motorista Milton Miranda Filho afirma que após fazer duas cirurgias na vista, já realizou três perícias para tentar o auxílio-doença, mas até agora aguarda uma resposta.

“Tomara que mude mesmo. Vamos esperar, embora eu não acredite muito que a situação realmente terá um fim”, destaca o motorista.

“Se as mudanças acontecerem será ótimo. O governo deveria dar mais atenção principamente aos funcionários. Eles deveriam ter mais respeito com os segurados. Os peritos também não podem continuar desfazendo de relatórios médicos e nos humilham”, destaca a estudante Raquel Oliveira dos Santos, que diz que após depressão profunda tentou um auxílio-doença e não conseguiu.