A juíza eleitoral Juliana Moraes Corregiari Bei, de Rio Grande da Serra, exigiu a demissão de seis funcionárias comissionadas do governo do prefeito Gabriel Maranhão (PSDB), em processo que apura crime de improbidade administrativa. O pedido foi concedido em caráter liminar e atende a uma ação do Ministério Público, que contesta nomeações de apadrinhadas na administração tucana em substituição a parentes que se desligaram para atuarem na campanha eleitoral.

Foram enquadradas Cleide Vania Barbosa, lotada na Secretaria da Juventude e mulher do candidato a vereador Welligton Fontes, o Lagartão (PSB); Camila Ferreira da Silva, da Comunicação e sobrinha do postulante ao Legislativo Nilson Alcântara (PHS); Eliana Dias Mendonça, do Desenvolvimento Econômico, casada com o ex-secretario Gilvan Mendonça, coordenador da campanha do candidato Israel Mendonça (PTN); Lisete Inácia Souza Estanqueiro, da Ação Social e mulher do candidato Cristiano Marques Estanqueiro (PSD); Cida Marques, de Meio Ambiente e mulher do candidato Valdir Marques (PSD); e Miriam Nascimento, da Saúde e mulher do ex-vereador Clodoaldo Nascimento, coordenador da campanha de candidato Claurício Bento (DEM).

Em caso de descumprimento, a Justiça impôs multa diária equivalente a duas vezes a quantia diária dos vencimentos de cada uma. O valor da ação foi estipulado em $ 187.575,15.

Por nota, o secretário adjunto de Assuntos Jurídicos, Fábio Nunes, afirmou não ter sido notificado da decisão. “Não houve irregularidade na admissão desses funcionários. A Prefeitura está tomando as devidas medidas judiciais a fim de demonstrar que foram seguidos todos os procedimentos legais.”

A gestão em Rio Grande está sendo gerida atualmente pela vice-prefeita Marilza de Oliveira (PSD). Maranhão pediu afastamento para disputar o processo eleitoral.