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Peça fala sobre tratamento dado à mulher

Obra escrita por Mário de Andrade em 1927 e dirigida por Dagoberto Feliz estreia na Capital

Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
09/05/2019 | 07:43
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João Caldas/Divulgação


Uma das obras mais importantes feita pelo modernista Mário de Andrade (1893-1945) foi Amar, Verbo Intransitivo, publicada em 1927. E o seu texto ganha uma adaptação teatral com dramaturgia de Luciana Carnieli e direção de Dagoberto Feliz com espetáculo homônimo, que estreia hoje, às 20h, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, em São Paulo.

A trama narra a história da governanta Fräulein Elza (Luciana Carnieli), que é contratada por uma família tradicional paulista nos anos 1920 para fazer a iniciação amorosa e sexual de Carlos (Pedro Daher), o primogênito herdeiro. A partir desse encontro, os personagens vivem uma relação amorosa, revelando críticas sociais e comportamentais.

A governanta criada por Mário é, de fato, múltipla: é também professora de línguas, de piano, de amor e deixa a terra onde nasceu, a Alemanha, para tornar-se sujeito de seu próprio destino em território brasileiro.

“Escolhi esse romance porque gosto muito da literatura de Mário de Andrade. Ele construiu uma personagem muito complexa, fascinante, redonda e vertical e eu tive muita curiosidade de me lançar nesse trabalho. Apesar de se passar nos anos 1920, o romance espelha muito a nossa sociedade atual, na qual a mulher é subordinada ao homem o tempo todo. Por mais que Fräulein tenha sua dignidade e seja intelectualmente e culturalmente superior àquela família, é tratada como um ser inferior – não só pelo fato de ela ser prostituta, mas por ser mulher”, analisa Luciana, que idealizou a montagem.

A encenação tem como foco central o jogo cênico entre os dois atores, que narram a história e interpretam os personagens. Assim, a linguagem cênica se alterna entre narração e dramatização, que ocorre em cenário que simula um estúdio cinematográfico.

Amar, Verbo Intransitivo – Teatro. Na Oficina Oswald de Andrade – Rua Três Rios, 363, em São Paulo. De quinta e sexta às 20h e, sábado, às 18h. Até 29 de junho. Gratuito.  




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