O Brasil solicitou à Argentina manifestação por escrito sobre as informações que vem sendo divulgadas na imprensa de que o governo argentino poderá proibir a importação de alimentos não frescos que têm similares produzidos na Argentina.
Segundo fonte do governo, as informações obtidas verbalmente junto a representantes do governo Kirchner são desencontradas. Várias versões já chegaram ao governo brasileiro, inclusive a de que seria estratégia da Argentina para forçar um acordo da União Europeia com o Mercosul.
As negociações para que seja firmado um acordo de livre comércio entre os dois blocos (europeu e sulamericano) foram retomadas ontem em Madri, na Espanha.
REPERCUSSÃO - Para esta fonte, a ordem verbal dada aos empresários pelo secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, repercutiu tão mal que, agora, a Argentina quer esperar que a notícia caia no esquecimento.
A proibição para a entrada de alimentos não frescos entraria em vigência no dia 1.º, conforme relato dos empresários argentinos. O governo brasileiro está acompanhando o movimento de mercadoria na fronteira e os números da balança comercial nacional. Além disso, setores do governo têm procurado os exportadores de alimentos do Brasil para identificarem eventuais focos de problema.
NEGATIVA - A reportagem teve acesso a e-mail escrito por um auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil em Uruguaiana (RS), enviado às autoridades brasileiras, narrando que não foi identificada nenhuma tentativa da Argentina de barrar a entrada de produtos brasileiros.
"Até o momento, de fato, há apenas boatos. Não registramos e não fomos provocados por despachantes ou transportadores relatando situação de caminhões barrados na fronteira", diz o texto.
Segundo o auditor, o fluxo de veículos segue normal em Uruguaiana. Ontem a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, negou que houvesse a intenção de restringir a importação de alimentos não frescos não só do Brasil, mas de outros mercados.
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