O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, informou ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros da Coordenação Política tomaram "por unanimidade" a decisão de não propor ao Congresso a criação de uma nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Apesar de ser alertado de que a Câmara vai aprovar a regulamentação da Emenda 29, aumentando os gastos com a Saúde em R$ 23 bilhões nos próximos quatro anos, Lula observou que cabe aos parlamentares apontar como custear as despesas. Múcio acrescentou que a decisão foi adotada em função da "lição" que o governo aprendeu com a votação no Senado em que foi extinta, no final de 2007, a contribuição.

Lula também é contrário ao aumento das alíquotas de cigarros e bebidas porque, na sua avaliação, a medida (sugerida pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão) poderia penalizar os mais pobres. Cálculos indicam que a elevação dos dois tributos renderia R$ 2 bilhões por ano, valor considerado baixo.