Oshry era um jovem estudante de religião na cidade lituana de Kaunas quando a invasão nazista aconteceu em junho de 1941.

Depois da reclusão em um gueto da cidade, Oshry foi encarregado pelos nazistas de vigiar um depósito com livros de temática judaica, que eles pretendiam usar em uma exposição sobre "os artefatos da extinta raça judaica".

Aproveitando seu trabalho, Oshry se dedicou a prosseguir com as interpretações da lei religiosa, que guardava em latas e enterrava.

As circunstâncias obrigaram Oshry a dar seu veredicto em casos terríveis, como na ocasião em que foi perguntado se era conveniente dar sepultura religiosa a um homem que teve seus dentes de ouro extraídos - Oshry considerou que não, pois seu corpo havia sido profanado -, explica o New York Times.

Depois da derrota nazista, Oshry se instalou em Roma e Montreal, onde criou escolas religiosas, e depois em Nova York, onde assumiu o posto de rabino, em 1952, da sinagoga Beth Hamedrash Hagadol no baixo Manhattan.