Nem os rasgados elogios do técnico Muricy Ramalho, dos companheiros e daqueles que foram aos vestiários do São Paulo puderam quebrar a incorrigível timidez do volante Mineiro, O principal personagem da vitória tricolor no clássico da Vila Belmiro recusava o rótulo de herói. “Mais importante do que o meu gol é que agora ficamos próximos do título brasileiro. É o que mais interessa. Deus tem sido generoso comigo nos momentos decisivos de minha carreira”, lembrava Mineiro, ao se referir ao que aconteceu na finalíssima do Mundial de Clubes contra o Liverpool, em dezembro do ano passado, na cidade japonesa de Yokohama. Coube a Mineiro marcar o gol do tri.

O Rogério Ceni jura que, ao comemorar o golaço de Mineiro no clássico de ontem, não resistiu à lembrança. “Na hora pensei: vamos ficar nesse 1 a 0 porque tudo me levava a comparar aquilo (o gol do volante na Vila Belmiro) ao que aconteceu no Japão”, reafirmava o camisa um tricolor.

Rogério Ceni aproveitou para ressaltar a influência positiva de Mineiro no esquema de Muricy Ramalho desde o inicio do Campeonato Brasileiro. “Vou contar uma coisa: ele (Mineiro) sente dores no tornozelo, mas não pára de trabalhar na garra e na disposição”, testemunha Rogério Ceni.

O atacante Lenílson é outro que roubou as melhores cenas do alegre ambiente do Tricolor. Muricy Ramalho justificou a opção pelo futebol de Lenílson na vaga de Aloísio. “Resolvi colocá-lo porque ele tem o mesmo biotipo do Aloísio (suspenso ). Ele me agradou no papel de pivô”, disse o comandante, que também destacou a aplicação tática do time. “O fundamental é que mantivemos o equilíbrio”, acredita.