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Violência no Sri Lanka se agrava com atentado e morte de estudantes
Por Da AFP
14/08/2006 | 13:18
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Um atentado visando aparentemente o embaixador do Paquistão em Colombo deixou sete mortos nesta segunda-feira. Paralelamente, combates entre o Exército e rebeldes tâmeis continuavam no nordeste do Sri Lanka, onde 61 estudantes morreram no bombardeio do orfanato onde viviam, de acordo com os LTTE (Tigres de Libertação da Pátria Tamil).

Foi o segundo atentado em uma semana na capital Colombo enquanto que o Exército e os LTTE travam há cerca de três semanas os combates mais violentos desde a trégua de 2002, ainda oficialmente em vigor.

Uma mina colocada sob um veículo de três rodas explodiu em Colombo próximo à residência presidencial na passagem do comboio do embaixador paquistanês no Sri Lanka, Bashir Wali Mohamed, informou a polícia.

Sete pessoas foram mortas, entre elas os quatro guardas cingaleses do embaixador, e dez ficaram feridas.

De acordo com autoridades do Ministério da Defesa, que pediram anonimato, o embaixador do Paquistão parece ter sido o alvo do atentado, pois nenhuma outra personalidade importante estava na área no momento.

"O ataque visava nosso embaixador que está são e salvo, mas o carro ficou destruído", afirmou em Islamabad o porta-voz do Ministério paquistanês das Relações Exteriores, Tasnim Aslam.

O Paquistão é o principal fornecedor de armas para o Sri Lanka.

O ministro cingalês da Informação atribuiu este atentado aos rebeldes tâmeis, acusados de vários ataques à bomba no país.

No Nordeste, os Tigres acusaram o Exército pela morte de pelo menos 61 estudantes no bombardeio aéreo de um orfanato do distrito de Mullaitivu, na zona rebelde.

"O número de crianças mortas no bombardeio da aviação cingalesa, enquanto participavam de um seminário sobre ajuda de emergência, chega a 61", afirmaram os LTTE em comunicado. As vítimas têm entre 15 e 18 anos. De acordo com os rebeldes, 150 estudantes ficaram feridos. As autoridades cingalesas negaram estas acusações.

"É um absurdo dizer que os estudantes foram visados", disse um porta-voz do governo Chandrapala Liyanage. A SLMM (Missão de controle do cessar-fogo no Sri Lanka) enviou observadores ao local.

No norte, na península de Jaffna, os confrontos iniciados na sexta-feira acompanhados por bombardeios provocaram a fuga de civis, de acordo com o Exército.

"Os combates corpo a corpo começaram agora", disse uma autoridade militar. "Os Tigres enviam multidões para atacar as linhas do Exército. Há muitas vítimas dos dois lados", acrescentou.

Segundo o Ministério da Defesa, 60 militares e 200 rebeldes morreram nesta região desde sexta-feira.




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