A chuva de granizo não prejudicou apenas o trânsito, as áreas verdes – com a queda de árvores – e o comércio do Grande ABC na tarde de sexta-feira. O futebol também sofreu com a força da natureza. O São Caetano suportou apenas dez minutos de treino no Anacleto Campanella, que foi castigado pela ventania e tempestade. Esforço válido para que o time não entre numa gelada, desta vez em Campinas, no jogo de domingo (18h10), contra a Ponte Preta, pela 32ªrodada do Campeonato Brasileiro.

O treino de sexta-feira estava marcado para às 15h30. O elenco subiu ao gramado no horário sob o comando do técnico Jair Picerni. Durante o alongamento dos jogadores, as nuvens escureciam o estádio. Em poucos minutos, as pedras – com cerca de dois centímetros de diâmetro – já tomavam conta do gramado, que ficou completamente coberto pelo gelo. Quinze minutos depois, a chuva deu uma trégua e os jogadores tentaram pela segunda vez, desta vez para realizar um coletivo.

Picerni deixou a bola correr, mas as poças d'água impediam o desenvolvimento das jogadas. Após dez minutos – tempo efetivo do treino de sexta-feira –, o comandante fez o sinal para os jogadores: o treino estava encerrado. "Bem que tentamos, mas o campo alagou e ficou cheio de pedras. Vamos repetir o trabalho amanhã (neste sábado) para definir o time que vai enfrentar a Ponte Preta", explicou.

No tempo em que pôde analisar o coletivo, Picerni fez algumas experiências. A primeira foi vista na lateral-esquerda, com a entrada do meia Canindé adaptado na vaga deixada por Triguinho, suspenso. Outra alteração foi na zaga, com o retorno de Thiago no lugar do também suspenso Gustavo. Júlio César atuou no meio-campo e deve ganhar a posição de Claudecir, outro que também recebeu o terceiro cartão amarelo e que está fora do jogo de Campinas. Mas a maior surpresa esteve no ataque, com Dimba na reserva e Jean entre os titulares.

Retranca caseira – Preocupada com a ameaça do rebaixamento, a Ponte Preta usará um esquema defensivo mesmo jogando em casa, diante do São Caetano, no Moisés Lucarelli, em Campinas. O técnico Estevam Soares já avisou que vai manter o esquema 4-5-1, que foi utilizado na derrota para o São Paulo, na última terça-feira.

Apesar da manutenção do esquema, o time sofrerá várias mudanças. Na lateral-direita, Rissut está suspenso e será substituído por Luciano Baiano, que conseguiu se recuperar de contusão. Na defesa, Tiago Matias substituirá Preto, que também suspenso. No meio-campo, a novidade fica por conta da volta de Éverton, após cumprir suspensão, no lugar de Romeu. E no ataque, Tico, outro que está suspenso, dá lugar a Zé Carlos. A Ponte Preta é atualmente a 11ªcolocada no Brasileiro, com 41 pontos.