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Ex-reitor da USCS, Bassi assume posto executivo no Diário

Mestre em administração de empresas, profissional vai comandar plano de expansão do jornal, que planeja aumentar presença nas plataformas digitais

Wilson Moço
Do Diário do Grande ABC
10/09/2020 | 00:02
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Claudinei Plaza/DGABC


Mestre em administração de empresas pela FGV (Fundação Getulio Vargas) e ex-reitor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), responsável pela expansão da instituição além dos limites são-caetanenses, Marcos Sidnei Bassi, 58 anos, assumirá na terça-feira o cargo de diretor superintendente do Diário. Ele vai substituir o empresário Ronan Maria Pinto, que ocupa a presidência desde 2004 e seguirá como acionista do jornal.

A mudança no comando corporativo visa estruturar a companhia para enfrentar os desafios dos mercados jornalístico e publicitário no pós-pandemia. Prospectar novos nichos de negócios e ampliar a presença do Diário nas mais diversas plataformas, especialmente as digitais, são os compromissos do novo gestor.

“O Diário é o maior produtor de conteúdo jornalístico de credibilidade do Grande ABC. Este é o nosso maior ativo. Nosso desafio, a partir de agora, é aumentar os canais de distribuição dessas informações, fazendo com que elas atinjam o maior número de pessoas possível”, diz Bassi.

Com 3,3 milhões de páginas visualizadas em seu portal na internet, no período de 18 de maio a 17 de junho, segundo dados do Google Analytics, 216 mil fãs em seu perfil no Facebook e 54 mil seguidores no Instagram, o Diário, segundo Bassi, ainda tem espaços significativos para ocupar.

“A edição em papel segue sendo importante e creio que nunca deixará de ser fonte de informação relevante ao leitor que prima pela análise mais profunda dos fatos. Mas precisamos dar atenção também ao novo público, que prefere se informar rapidamente, principalmente pelo celular”, destaca Bassi, citando a necessidade de o jornal criar e apresentar conteúdo em podcasts, YouTube e Twitter.

Ronan revela que decidiu recorrer a executivo do mercado para entregar a superintendência do jornal porque o momento exige a presença constante do gestor na empresa, algo que ele já não conseguia garantir por causa da mobilidade prejudicada pelas restrições impostas pela pandemia – o atual presidente mora em Curitiba, capital paranaense.

“Ao escolher um nome com o currículo do professor Bassi, que fala por si, acredito estar garantindo a sustentabilidade da marca, que é um patrimônio do Grande ABC, pelas próximas décadas. Tomei a decisão com tranquilidade, alegria e esperança”, comenta Ronan, que diz admirar o trabalho do executivo na USCS, de 2013 a 2020. “Ele transformou a universidade em uma potência educacional e de pesquisa.”

Segundo Ronan, a pandemia mostrou às empresas de comunicação que elas devem ser mais precisas e hábeis na divulgação das informações, servindo de antídoto às fake news. “Muitas vezes, uma notícia fica velha para que deixemos para dá-la no dia seguinte, na edição papel. Conversando com o professor Bassi, vi que as ideias e os métodos de trabalho dele se confundem com a nossa linha editorial.”

Visão idêntica possui o diretor de Redação, Evaldo Novelini. “Tive o privilégio de discutir o Grande ABC com o professor Bassi desde que assumi o cargo, há quase quatro anos. Em todas as nossas conversas, a importância do fortalecimento regional foi tema central. Agora, conosco, à frente da gestão do Diário, entendo que ele vai contribuir para que o jornal paute e se envolva com temas relevantes que garantam o desenvolvimento econômico e social das sete cidades.”

Gestão acadêmica e consultoria para empresas conferem prestígio a professor

Embora more em São Caetano, o cientista social e bacharel em direito Marcos Sidnei Bassi nasceu em Santo André, na Beneficência Portuguesa, em 29 de abril de 1962. Seus dois diplomas de graduação foram obtidos na Universidade Municipal de São Caetano, instituição da qual viria a se tornar vice-diretor, pró-reitor administrativo e financeiro e reitor, de março de 2013 a junho de 2020.

Mestre em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas e doutor em ciências sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Bassi atuou como consultor de empresas, de 1988 a 1997. A atuação na iniciativa privada levou-o à USCS, onde foi responsável pela implantação do curso de medicina e um campus na Capital.

A experiência em São Caetano lhe pôs na presidência da Associação das Instituições Municipais de Ensino Superior, por meio da qual ajudou a replicar o modelo de gestão da USCS a outras instituições. “Cursos de medicina criados em todo Estado a partir desta fórmula colocarão no mercado mais doutores do que o programa Mais Médicos, implantado pelo governo especificamente para este fim”, orgulha-se. 




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