Política Titulo Operação na 2ª
CPI da Saúde tem assinaturas para ir à votação em Mauá

Oposição a Atila coleta oitava rubrica e pedido será analisado; aprovação depende de 12 votos

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
20/06/2020 | 00:01
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A bancada de oposição ao prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), assegura ter assinaturas necessárias para levar ao plenário a discussão da CPI da Saúde, que terá como foco as denúncias de superfaturamento na montagem e na gestão do hospital de campanha contra a Covid-19.

Segundo o vereador Fernando Rubinelli (PTB), além da rubrica dele, há registros dos vereadores Adelto Cachorrão (Republicanos), Marcelo Oliveira (PT), Professor Betinho (PSL), Sinvaldo Carteiro (PSL), Tchacabum (PDT), Chico do Judô (PSD) e Gil Miranda (Republicanos). A casa conta com 23 parlamentares e esse volume de assinaturas já representa um terço do Legislativo.

Conforme o regimento interno da Câmara, a inclusão do requerimento de CPI na pauta de votação depende de oito votos, mas o plenário é soberano sobre instalar ou não a comissão – maioria simples decide o futuro do bloco. Ou seja, a oposição necessitará convencer outros quatro vereadores para que a CPI seja, de fato, referendada.

“Essa CPI vai ser fundamental para que a Câmara se posicione diante das graves denúncias que têm que ser apuradas. Infelizmente, o suposto superfaturamento de 700% de um hospital de campanha é algo que deixa o povo de Mauá estarrecido. Em nenhuma cidade do Brasil ouvimos algo semelhante. A Câmara tem que usar sua prerrogativa de fiscalizar para ajudar o Ministério Público a esclarecer este possível crime, que a meu ver, se constatado, é hediondo”, classificou o petebista.

O pedido de CPI entrará em análise na sessão de terça-feira, quando voltam os trabalhos na Câmara. Além da comissão investigativa, a casa precisará se debruçar sobre solicitações de impeachment de Atila, uma formulada por Marcelo Oliveira e outra pelo pré-candidato do PRTB à Prefeitura de Mauá, Mauro Roman.

Na segunda-feira, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e a Polícia Civil conduziram operação que teve Atila e o secretário de Saúde do município, Luis Carlos Casarin, como alvos. Houve cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa dos envolvidos, no gabinete do prefeito e na sede da pasta de Saúde.

A acusação do Gaeco e da Polícia Civil é a de que Mauá superfaturou os contratos para montagem do equipamento, instalado no estacionamento do Paço, e para administração da unidade. Há questionamento também sobre as empresas admitidas, instaladas em terreno baldio em Caieiras, na Região Metropolitana. A base de comparação feita por promotores e policiais civis foi com valores praticados pela Prefeitura de Santo André.

O governo Atila nega qualquer tipo de irregularidade nos contratos. Argumenta que a comparação com a Prefeitura de Santo André foi injusta porque desconsiderou outros acordos firmados na cidade vizinha e que comprovaria que os preços praticados por Mauá estavam dentro do mercado. 




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