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Projeto mostra 'Deus é Brasileiro' ao ar livre no ABC
Por Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
26/10/2003 | 20:00
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O cinema ao ar livre e gratuito chegou neste fim de semana a praças públicas de Rio Grande da Serra, Mauá e Ribeirão Pires, com a exibição do filme Deus é Brasileiro, de Cacá Diegues, uma das maiores bilheterias nacionais do ano. A atração, aprovada pelo público das cidades, faz parte do projeto itinerante Cinema na Praça, lançado em caráter experimental pelas dez empresas que compõem o Pólo Petroquímico do Grande ABC.

Oficialmente, o projeto piloto foi lançado no bairro Capuava, em Santo André, nos dias 18 e 19, quando foram feitas seis projeções do filme que traz o ator Antônio Fagundes no papel de Deus. No total, foram 12 projeções assistidas por cerca de duas mil pessoas, segundo Gilson Voltolini, 47 anos, coordenador de Eventos da Octopus, agência de Santo André que idealizou o projeto.

“Não estamos preocupados com quantidade de público. Nossa idéia é trazer a cultura para perto do povo e no entorno das fábricas que integram o Pólo”, afirmou Edison Carlos, 40 anos, coordenador do Grupo de Sinergia do Pólo e gerente de Relações Institucionais da Solvay, uma das dez empresas petroquímicas.

As projeções são feitas no vídeo móbile, um caminhão com tela de 3,20 por 4,80 m. Em Mauá, o casal Maria de Lourdes Alves Tavares, 29 anos, e Irinaldo Diniz, 35, moradores do Jardim Oratório, prestigiou a sessão das 14h, exibida em um ex-campo de futebol do Jardim Rosina. Com o forte sol as pessoas procuraram alternativas para se livrar do calor, embaixo de árvores ou sentados em pedaços de pneus. As crianças não pensaram duas vezes: subiram nos galhos das árvores.

Em Rio Grande da Serra, cidade que não possui cinema, não foi diferente. Neste domingo, às 10h, todos os bancos da praça Lídia Pollone, no Centro, estavam ocupados. Com um olho na tela e o outro nos três filhos, a doméstica Cleide Sabino da Silva, 38 anos, do bairro Santa Teresa, adorou o projeto itinerante. “Rio Grande é carente de cultura”, afirmou, ao acrescentar que estava para alugar a fita do filme para ver em sua casa.

Para 2004, o projeto prossegue com exibições dos filmes nacionais, exigência fundamental do projeto. O horário de fim de tarde e início de noite será priorizado, garantiu Carlos, uma das queixas feitas pelo público das sessões matinais e vespertinas. “O sol incomoda, inclusive a imagem”, disse o construtor de pneu Edson Marques dos Santos, 38 anos, que foi com a mulher Maria José, 36, e os dois filhos, Larissa, 6, e Edson, 11, para a praça Lídia Pollone conferir se realmente Deus é Brasileiro.




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