O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), realizou ontem vistoria no Jardim Kennedy. O local foi palco de tragédia no começo do ano, quando um deslizamento de terra matou um garoto de 10 anos e deixou uma pessoa ferida.

Durante o encontro com os moradores, o chefe do Executivo reafirmou a postura da administração que realiza, desde quarta-feira, uma força-tarefa para a retirada de famílias que vivem na área de risco. “Vamos minimizar impactos do que aconteceu. Fizemos uma reunião de trabalho com diversas secretarias que atuarão aqui na região. O momento é de recomeçar”, comentou. Entre as ações anunciadas estão uma quarentena para os moradores da região onde ocorreu o deslizamento.

Na visão da Prefeitura, pode haver contaminação com redes de esgoto danificadas no desastre. “Tivemos a fatalidade com o escorregamento de terra, mas não podemos ter com possíveis doenças”, resumiu o prefeito.

Além disso, a gestão socialista, por meio das secretarias de Assistência Social, Obras e Defesa Civil, seguirá com as conversas para tentar convencer as 300 famílias do núcleo a saírem do local e oferecer auxílio-aluguel, que tem valor mensal de R$ 400.

Nesta semana, sete famílias do Jardim Kennedy foram contempladas com o benefício para que deixem suas residências, em área considerada de extremo risco. Ao todo 15 ocupam área perigosa para deslizamento de terra.

André Naja Almeida dos Santos, 10 anos, foi a primeira vítima fatal de deslizamento no Grande ABC em três anos. O garoto foi enterrado no Cemitério Santa Lídia. O pai do menino teve escoriações no tornozelo direito na noite do Ano-Novo.