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Kadafi queria morte do príncipe saudita, diz jornal
Da AFP
10/06/2004 | 10:51
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O dirigente líbio Muammar Kadafi teria desejado, no ano passado, a morte do príncipe herdeiro saudita em um atentado. A informação foi dada por duas pessoas suspeitas de envolvimento neste suposto complô e que estão detidas nos Estados Unidos e na Arábia Saudita, segundo a edição desta quinta-feira do jornal The New York Times.

Estados Unidos, Grã-Bretanha e Arábia Saudita investigam a elaboração de um atentado para assassinar o príncipe herdeiro Abdullah Bin Abdel Aziz, que dirige o reino saudita, com o lançamento de granadas em seu cortejo, disseram ao jornal pessoas que participam das investigações. Ao ser consultado em Londres, o filho do dirigente líbio, Seif al-Islan Kadafi, classificou como "absurdas" estas acusações.

Caso estas informações sejam confirmadas, arranhariam a imagem do coronel Kadafi, que fez recentemente grandes esforços para entrar na comunidade internacional. Um funcionário do governo americano disse ao jornal que, se for confirmado que o coronel Kadafi encomendou esta tentativa de assassinato, isso poderia provocar uma guinada "de 180 graus" na política dos Estados Unidos em relação à Líbia.

Segundo o New York Times, Abrurahman Almudi, um muçulmano americano detido em outubro passado por violar a proibição dos Estados Unidos de viajar para a Líbia, afirmou que se reuniu duas vezes com Kadafi, em junho e agosto de 2003, para discutir a organização do atentado. "Quero que o príncipe herdeiro morra, seja num assassinato, seja num golpe de Estado", teria dito o dirigente líbio, segundo as declarações de Almudi.

Na Arábia Saudita, o coronel Mohammed Ismael, do serviço de inteligência líbio, teria confirmado após ser detido que era o comandante operacional do complô.

Resposta - O chefe da diplomacia da Líbia, Abdel Rahman Chalgham, desmentiu categoricamente nesta quinta-feira que Trípoli pretendia matar o príncipe herdeiro saudita. "Quero assegurar oficialmente que esse artigo não tem fundamento, pois a Líbia não cometeu tal ato e se comprometeu na luta contra o terrorismo", declarou.

O representante líbio acrescentou que estas informações eram obra de "elementos hostis à Libia que querem envenenar nossas relações com a Arábia Saudita".




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