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Atentado mata duas funcionárias da ONU no Afeganistão
Por Da AFP
26/06/2004 | 10:46
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Duas agentes afegãs da ONU (Organização das Nações Unidas) que participavam da organização das eleições no Afeganistão morreram em um atentado com bomba no leste do país, neste sábado. Esta é a primeira vez que funcionários da organização perdem a vida desde o início do processo eleitoral, informaram fontes oficiais.

Além da morte das duas funcionárias, várias pessoas ficaram feridas quando um microônibus alugado pelo Comitê da Administração Eleitoral Conjunta explodiu às 8h15 locais (0h15 horário de Brasília).

"Duas mulheres morreram. Outras três estão em estado crítico, assim como um menino que acompanhava a mãe", afirmou o representante especial da ONU no Afeganistão, Jean Arnault.

Mais cedo, um porta-voz das Nações Unidas havia anunciado a morte de três pessoas. Abdul Rehman, secretário de segurança de Jalalabad, disse que duas mulheres e uma criança morreram. O veículo foi destruído, acrescentou.

O veículo havia iniciado a viagem na cidade de Jalalabad e seguia para o distrito de Shinwar no momento da explosão. "Quando estavam a 2 km da cidade de Jalalabad, a bomba - que havia sido instalada dentro do veículo - explodiu, matando as mulheres, que trabalhavam para a comissão eleitoral, e ferindo outras 11 pessoas", declarou o comandante da província, Hazrat-i-Ali. O motorista, que não ficou ferido, foi preso e interrogado.

As eleições no Afeganistão, marcadas inicialmente para junho, foram adiadas para o mês de setembro.

Nas últimas semanas foram registrados muitos ataques armados no país com o objetivo de impedir o registro dos eleitores, sobretudo no sul e centro do país, regiões de intensa atividade dos militantes islâmicos.

Na sexta-feira, o secretário-geral das Nações unidas, Kofi Annan, afirmou que a preparação das eleições no Afeganistão estava bem encaminhada, mas que as condições de segurança representam um risco.

"Se pudermos controlar o estado da segurança, seremos capazes de organizar as eleições em setembro", declarou Annan.

"Os registros acontecem de maneira correta, o ritmo indica até que ponto os afegãos desejam tomar o controle de seu destino em suas mãos", acrescentou o secretário-geral.

Existem lugares no Afeganistão, incluindo aqueles que considerávamos seguros, onde nossas equipes não podem entrar", disse Annan. "A situação deve ser vigiada permanentemente", acrescentou.

Cerca de 20 mil soldados, em sua grande maioria americanos, estão presentes no Afeganistão para dar seqüência à luta contra os talibãs e a rede terrorista Al-Qaeda.




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