Preocupado em reeditar nova derrota significativa no Estado, maior colégio eleitoral do País, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou para amanhã reunião com dirigentes do partido de inúmeras cidades, deputados federais e estaduais, lideranças e demais aliados.

No primeiro turno, a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, viu seu rival, o senador Aécio Neves (PSDB), vencer com larga vantagem (44% a 25%) – aproximadamente 4,2 milhões de votos de diferença.

O ex-presidente marcou o ato no Centro da Capital, com o objetivo de reverter o quadro desfavorável de domingo, não só buscando os votos conquistados pela ex-candidata do PSB, Marina Silva (5,7 milhões), mas também resgatar escolhas por Aécio.

O resultado das urnas conquistado no Estado foi o pior da história do PT nos últimos 20 anos. Ao todo, Dilma recebeu 5,9 milhões. Em 1994, quando Lula foi derrotado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o voto do petismo registrou em São Paulo a preferência de 4,2 milhões de eleitores.

BRASÍLIA
Na Capital Federal, Dilma se reuniu ontem com ministros, governadores e senadores da base aliada nos Estados em encontro que marcou a largada para o segundo turno. O objetivo foi o mesmo traçado por Lula, engajar a militância na busca pela reversão de votos. As primeiras mudanças já ocorreram. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), e o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, se licenciaram de seus cargos para se dedicar a campanha.

No encontro, a chefe da Nação destacou os votos conquistados, que garantiram a preferência entre os brasileiros no primeiro turno. E ressaltou que o tom no segundo turno será o do comparativo entre as gestões petistas com a administração tucana, no período de Fernando Henrique Cardoso.