O presidente da TAM, David Barioni Neto, afirmou ontem que não será fácil a entrada no Brasil da companhia aérea criada pelo presidente da americana JetBlue, David Neeleman. Segundo ele, a empresa terá dificuldades em concorrer com as líderes - a própria TAM e a Gol, que, juntas, detêm 95% do mercado.

"Hoje, 70% de todo o movimento do País passa por dez aeroportos e nenhuma empresa que entrar no mercado terá sucesso se não operar nestes pontos, onde a TAM e a Gol têm forte presença. São duas empresas competitivas, eficientes e forte estrutura de capital", disse.

Para amenizar, ele afirmou que vê com bons olhos a entrada da nova companhia. "A TAM nasceu em um ambiente competitivo."

METAS

Em cinco anos, a companhia quer aumentar em 50% a receita bruta, ter lucro operacional bruto três vezes maior e ainda ser a empresa aérea nacional com maior lucratividade. David Barioni Neto afirma que a meta foi traçada em cima da estimativa de crescimento do mercado entre 9% e 12% no período.

A empresa que possui cerca de 22 mil empregados e transporta 100 mil passageiros diariamente irá elevar neste ano em 14% o número de assentos em vôos internacionais, com a abertura de novas três linhas ou freqüências.

"Estudamos várias linhas, mas ainda não temos nada definido. Devemos fechar em meados de maio. Mas digo que o peso está muito forte na linha Rio de Janeiro-Nova York", afirmou. Também estão na lista de possibilidades, vôos diretos do Nordeste brasileiro para os Estados Unidos e Europa, Los Angeles, Miami. Todos partindo também do Rio de Janeiro e de Brasília.

A expectativa é de que a receita gerada com linhas internacionais represente 50% do total já em julho.