O valor do aluguel aumentou, em média, 10% nos últimos 12 meses. Segundo pesquisa divulgada pelo Secovi/SP (Sindicato da Habitação), o percentual é quatro vezes maior do que a variação de 1,94% do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) no período - utilizado como base de reajuste de 90% dos contratos antigos.

Apesar de não possuir números consolidados sobre a região, o presidente da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), Milton Bigucci, afirma que os números são repetidos na região e acontecem por conta da escassez de imóveis e pelo crescimento na procura. "Estamos tendo também no Grande ABC uma grande procura de imóveis comerciais e residenciais por parte de investidores, com isto realmente está faltando imóveis tanto comerciais quanto residenciais para locação, consequentemente, os preços dos aluguéis aumentam", avalia.

A gerente de locação da Casari Imóveis, Kathia Mazo, atesta que a maior procura pela casa própria causou valorização nos imóveis e acabou também acertando o setor de locação. "Tivemos valorização dos imóveis para a venda em quase 50%. Com isso, muitos passaram também a procurar por imóveis para locação. O proprietário pede o preço que quer e acaba locando. A procura é maior do que oferta."

Segundo a gerente, o preços para locação de sobrados são os mais salgados do Grande ABC, seguido por apartamentos com duas vagas na garagem. "Agora, com a falta de opções no mercado, as pessoas se adaptam ao que temos disponível aqui", completa,

Quem está para assinar a renovação do acordo também deve preparar o bolso. Com o reajuste feito pelo IGP-M, a tendência é de nova alta. Na comparação mensal, houve variação de 2% ante fevereiro, a maior desde julho de 2008.

MAIOR PREÇO - O levantamento do Secovi aponta que apartamentos de dois dormitórios registraram maior reajuste (11,1%) nos últimos 12 meses. Em seguida vêm os de um quarto, 9,9% e três, 8,2%. Casas e sobrados demoraram entre dez e 27 dias para serem alugados, enquanto os apartamentos, de 16 a 34. Em março, o fiador foi a garantia utilizada em metade dos contratos de imóveis analisados na Capital, seguido pelo depósito em dinheiro ou caução (30%) e pelo seguro-fiança (20%).