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PDT condiciona apoio ao PT à indicação do vice
Por Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
10/05/2008 | 07:25
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O PDT de Santo André somente não formalizou ainda apoio ao PT visando a eleição municipal deste ano em função da indefinição do pré-candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo deputado estadual petista Vanderlei Siraque.

Respaldado pelas legendas já coligadas ao PT na cidade (PSB, PV, PCdoB, PHS, PSL e PRB), os pedetistas condicionam a aliança com os petistas à indicação do sindicalista Cícero Firmino da Silva, o Martinha (PDT), como vice.

Embora o bloco aliado aos petistas tenha feito a ‘lição de casa', a pedido do próprio governo, e tirado consenso - no caso, em torno do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá -, o PT ainda não bateu o martelo em relação à situação.

O impasse está ligado ao PMDB. A sigla, aliada histórica da administração petista no município, não abre mão de indicar o líder de governo na Câmara, vereador Sargento Juliano, como vice de Siraque. Os peemedebistas já declararam que apenas estariam com o PT na eleição sob a condição de ter a reivindicação atendida.

O PDT - o qual nem mesmo integra a base de sustentação do prefeito João Avamileno (PT) no Legislativo local - não se incomoda com a insistência do PMDB.

 "Não podemos abrir mão de ter o vice-prefeito. Fomos convidados a entrar no grupo e estamos comprometidos com os demais partidos da coligação a indicar o Martinha", ressaltou Adonis Bernardes, presidente municipal do PDT.

O pedetista sugeriu a inviabilidade do acordo no caso de a legenda não emplacar o vice na chapa majoritária governista. "Não entraremos na campanha para discutir cargos na administração. Queremos participar efetivamente do governo, e uma das condições é ter uma representação política que, no caso, seria o vice", declarou. "Sem o vice fica realmente difícil um acordo", acrescentou.

Adonis desmentiu a informação de que o PDT teria solicitado aos petistas, além de o cargo de vice, o comando de ao menos três Pastas. "Poderíamos pedir até dez secretarias, mas essa não é a nossa linha de negociação. Não colocamos como prioridade a questão administrativa no momento. Ela está inserida no leque de negociação, mas não é o primeiro ponto. Defendo, por questões de princípio, a necessidade de primeiramente definir a posição política dos partidos na campanha e depois discutirmos como será a administração na cidade. Inverter o papel não é correto. A prioridade, agora, é indicar o vice", ponderou.

O presidente do PT, Tiago Nogueira, não foi encontrado para comentar o assunto.

Adiamento - Oficialmente, o PDT ainda não desistiu de candidatura própria - cuja chapa é liderada pelo empresário Ajan Marques e tem o próprio Martinha como vice-prefeito.

O partido tinha por objetivo definir um encaminhamento a respeito do assunto na segunda-feira passada, mas as denúncias contra o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT), sobre suposto envolvimento em esquema de desvio de verbas do BNDES, e a "falta de agenda" de pedetistas adiaram o encontro - não há data definida.

"Aguardaremos posicionamento do PT até o início da próxima semana. Mas o PDT tem um jeito de fazer política e não faz qualquer anúncio sem o aval do diretório. Esse é o jeito pedetista de fazer política", argumentou Adonis.




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