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Setor de brinquedos pede incentivo
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
07/04/2010 | 07:00
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Caio Arruda/DGABC


Responsáveis por 12% da produção de brinquedos no País, as indústrias instaladas no Grande ABC veem com bons olhos a negociação da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) com o governo para isentar de alíquota componentes, matéria-prima e produtos importados. Sendo aprovada, o setor assume o compromisso de reduzir preços em 5% neste ano e gerar 20 mil empregos até 2015.

Segundo o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, muitos destes componentes não são fabricados no País e a alíquota média de 20% encarece bastante os produtos, fora o tempo que eles ficam parados nos armazéns portuários.

Parte da política elaborada pela entidade prevê investimento de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos, além da inclusão de 20 milhões de crianças brasileiras que não têm acesso ao brinquedo.

"Esta será uma maneira de conseguir baratear os produtos. A indústria nacional não produz os mecanismos eletrônicos necessários para o boneco se movimentar e falar", aponta Gustavo Arruda, gerente de marketing da são-bernardense Grow, terceira maior fabricante do setor no País.

A Grow está entre as 200 companhias que apresentam as novidades para este ano na Abrin 2010 - Feira Nacional de Brinquedos, que começou ontem e se estende até o dia 9.

O sócio-diretor da andreense Ludens Spirit, Eric Deshoulieres, também espera que a medida reflita em seus negócios, pois importa peças da Índia e China. A fabricante de brinquedos educativos está no mercado há três anos.

A concorrente Giroflê, importadora de cinco marcas de brinquedos com foco educacional, enxerga oportunidade para que os preços dos itens fiquem menores. "Hoje a importação é dificultosa e os impostos encarecem muito os produtos", afirma o diretor Renato Camargo Valery. Ele ressalta que no Exterior estes itens são mais baratos, pois não têm tanto peso dos tributos.

MERCADO - De acordo com Costa, seis empresas deverão unir operações para formar uma nova gigante do setor. A concorrente terá fatia de 40% do mercado e a fusão deve ser concluída nos próximos 90 dias. Questionada, a Grow afirma não estar envolvida nesta negociação.




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