Memória Titulo
Uma chacoalhada no Carnaval do Grande ABC... em 1981

Em editorial, em plena quarta-feira de cinzas - 4-3-1981 - este Diário lascou:

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
09/03/2011 | 00:00
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"Para poucos privilegiados, repetindo-se no restaurante do Aramaçan a deliciosa sopa (canja) lançada no Carnaval do ano passado. Lá pelas duas da madrugada vai bem".

Cf. Chiquinho Palmério, Coluna Social, Pot-pourri carnavalesco, Diário: 3-3-1981.

Em editorial, em plena quarta-feira de cinzas - 4-3-1981 - este Diário lascou: "Faltaram temas locais ao nosso Carnaval". Destacava o editorial:

1 - Mais uma vez o Grande ABC manteve a tradição do seu Carnaval de rua.

2 - Neste 1981, nada menos que seis dos sete municípios foram sacudidos pelo batuque, à exceção de Diadema.

3 - No geral, o Carnaval de rua pode ser visto e sentido mais uma vez, sem maiores incidentes, tudo na mais perfeita ordem.

4 - Sobram perguntas: será que estamos no caminho certo? Será que não poderíamos ter produzido algo melhor, algo que dissesse mais de perto à nossa cultura, ao nosso dia-a-dia, ao dia-a-dia do nosso povo?

5 - Nada se viu nos desfiles em termos de simbolismo representativo da nossa força de trabalho e da nossa força sindical. A nossa própria História, que é rica, passou mais um ano em brancas nuvens..

6 - Propagando nossas coisas, as escolas, blocos e ranchos do Grande ABC poderiam deixar para um plano secundário temas que, todo ano, são aproveitados, de maneira mais completa, por escolas do Rio, de São Paulo e de outras grandes capitais.

AMANHÃ EM MEMÓRIA
Eles venceram o Carnaval do Grande ABC em 1981.

legenda da foto: Arquibancadas na Avenida Faria Lima, em São Bernardo, ganham tímidas placas publicitárias

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Domingo, 8 de março de 1981 

Destaque - Um novo prefeito para o Grande ABC: o Ramalhinho. Diário contava a história do personagem criado pela redação para denunciar problemas das sete cidades, com legendas que fizeram história: "É a erosão administrativa"; "Furo da administração"; "Deixa o Maluf saber disso"; "Cuidado com as escavações arqueológicas"...

Sem os recursos gráficos e de informática de hoje, o Ramalhinho era desenhado e colado sobre fotos. Foi criado em 1975 por Rubens de Matos Filho (Binho); depois, desenhado por Mario Dimov Mastrotti.

Valdenizio Petrolli, que adorava fazer os chamados "negativos", curte o Ramalhino até hoje e o inseriu no seu trabalho de doutorado sobre Comunicação Social.

EM 9 DE MARÇO DE...

1925 - Vicente Rodrigues Vieira, o curandeiro Vicente, falece em São Caetano.

1956 - Criada a Delegacia de Ensino de Santo André, com jurisdição regional.

Trabalhadores

Nascem em 9 de março:

1924 - José Teixeira, de Itapira (SP). Operário da Rhodia. Residia à Rua Bolívia, 436, Parque das Nações.

1929 - Angelina Darci, de Santo André. Operária da Zarzur. Residia à Rua México, 102.

FONTE: 1º livro geral de registro de associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

MUNICÍPIOS PAULISTAS

Altinópolis. Elevado a município em 1918, quando se separa de Batatais.

São José do Barreiro. Elevado a município por lei provincial de 9-3-1859, quando se separa de Areias, no Vale do Paraíba.

Cachoeira Paulista. Elevado a município por lei provincial de 9-3-1880, quando se separa de Lorena.

SANTOS DO DIA 

Cândido, Catarina de Bolonha, Domingos Sávio, Francisca Romana e Gregório de Nissa.

Santa Francisca Romana (italiana de Roma: 1384 - 1440) é a fundadora da Congregação das Oblatas, inspirada nas lições de São Bento.

FONTES: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus. Vozes, 2011; site: paulinas.org.br .

FALECIMENTOS

SANTO ANDRÉ

Agostinho Casagrande Filho, 75. Natural de Altinópolis (SP). Ontem. Cemitério Curuçá.

Valdomiro Pilon Alves, 69. Natural de São Paulo (SP). Ontem. Cemitério Curuçá.

Joaquim Antonio Duarte, 71. Natural de Jacinto (MG). Anteontem. Cemitério Santo André.

José Benedito Araújo, 69. Natural de Brasópolis (MG). Dia 28. Cemitério Curuçá.

Bruno Edson Varuzza, 55. Natural de Santo André. Anteontem. Cemitério da Saudade, em Vila Assunção.

Lazara Helena de Souza, 55. Natural de Nova Fátima (PR). Dia 1°. Cemitério do Curuçá.

SÃO BERNARDO

Silvana Aparecida Felix de Oliveira, 41. Natural de São Bernardo. Dia 28, em Santo André. Cemitério dos Casa.

MAUÁ

Touko Makarahada Maebato, 73. Natural de Arujá (SP). Anteontem, em Santo André. Cemitério Santa Lídia.

Valdileno Nunes dos Santos, 56. Natural de Aquidaban (SE). Dia 28. Cemitério Santa Lídia.

José Roberto Terassani Lessa, 42. Natural de São Jorge (PR). Anteontem, em Santo André. Cemitério Vale dos Pinheirais.

AMARO DA SILVA
(São Bernardo, Piraporinha, 2-11-1932 - Diadema 2-3-2011)

A história dos antepassados de Maurinho perde-se nas brumas do tempo do bairro de Piraporinha, localidade já existente quando da formação da Freguesia de São Bernardo, há quase 200 anos. Seus pais, Guilherme Jorge da Silva e Iracema Cosmo de Oliveira, eram de Piraporinha; os avós, Joaquim Jorge da Silva e Carolina Maria de Moraes, também.

Maurinho cresceu brincando em Piraporinha, dos tempos da capela histórica de Bom Jesus da Pedra Fria, há muito demolida. Tornou-se mecânico de manutenção e pedreiro. Trabalhou em empresas do seu bairro, entre elas a Solidor e a Cerâmica Assad.

"Ele era calmo e tranquilo, um doce para conversar, atleta dos bons, mas na hora de jogar futebol tinha que pedir por favor, porque não gostava muito", conta Walter Adão Carreiro, amigo e pesquisador de Diadema.

Amaro da Silva partiu aos 78 anos. Deixa a esposa Derci Magrini. Eram casados há 55 anos. Tiveram os filhos Carlos, Ivone, Marisa e Inês. Está sepultado no Cemitério de Vila Euclides.




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