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Campanha tira armas da populaçao
Por Do Diário do Grande ABC
04/05/1999 | 00:51
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A Delegacia de Defesa da Mulher e a Delegacia Seccional de Ribeirao Preto, no interior de Sao Paulo, lançaram segunda uma campanha de desarmamento da populaçao. Embora a duraçao prevista seja de 20 dias, há possibilidade de a campanha ser prorrogada.  

A campanha visa recolher armas em poder dos moradores da cidade. A entrega começou segunda, às 14 h e, menos de uma hora e meia depois, nove armas já haviam sido entregues. Em troca, a pessoa receberá uma cesta básica doada por uma rede de supermercados.  

O delegado seccional Alexandre Jorge Daur afirma ser impossível antecipar o número de armas que serao entregues à polícia. "Vai depender da divulgaçao da imprensa e da motivaçao das pessoas em nao ter armas em casa, o que é melhor e mais saudável", disse.  

Segundo o delegado, um levantamento realizado há cerca de 50 anos mostrava que em Ribeirao Preto existiam aproximadamente 36 mil armas registradas. No recadastramento feito no ano passado, apenas 3 mil armas foram registradas. O policial nao se arriscar a falar em números de armas nas maos dos criminosos, que entram ilegalmente no país. 

 Além de Ribeirao Preto, outras cidades da regiao norte do Estado de Sao Paulo também podem entregar as armas à Delegacia de Defesa da Mulher. A recomendaçao da polícia é que as pessoas tenham o cuidado de tirar as balas e embrulhá-las, especificando que o objetivo é entregá-las à campanha de desarmamento. Isso evita que alguém seja preso, no deslocamento até a delegacia, por porte ilegal de armas.  

Ao chegar à delegacia, a pessoa fará um auto de exibiçao espontânea e de apreensao da arma, recebendo um comprovante da entrega. Depois, recebe a cesta básica.   "Nao haverá conseqüência penal para quem entregar as armas, mesmo as que nao sejam registradas", afirmou a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher Marina Franco da Rocha. Segundo ela, das nove primeiras armas recolhidas na segunda até o início da tarde apenas duas tinham registro.  "Nosso objetivo é que a campanha conscientize as famílias sobre a importância de nao ter armas em casa, além de alertar os pais para que participem mais da vida dos jovens, orientando-os e fiscalizado-os", explicou a delegada. 

Projeto - As polícias civis de todo o país deverao ter uma única lei orgânica, que poderá, entre outras coisas, definir um só tipo de armamento e de açoes. O ministro da Justiça, Renan Calheiros, criou uma comissao de técnicos para elaborar um anteprojeto de Lei Orgânica que vai igualar o regimento de todas as instituiçoes.   

O projeto deverá ser encaminhado ao Congresso em 90 dias, quando o grupo encerrará o trabalho. A comissao vai receber sugestoes de todas as polícias civis do país, para que o anteprojeto seja negociado antes de ser entregue a Calheiros.




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